Não vacinados ou com atraso: MS tem aumento no número de adultos internados por Covid-19

Número de crianças internadas também preocupa autoridades em meio a surto de doenças respiratórias

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Santa Casa enfrenta superlotação (Foto: Ilustrativa/ Divulgação/Santa Casa)

Adultos não vacinados ou que estão com a vacina contra a covid-19 atrasada estão preocupando autoridades em saúde por conta do crescimento de internações. Esse grupo tem risco de desenvolver quadros mais graves.

De acordo com boletim InfoGripe, divulgado nesta terça-feira (4), até o momento, esta tendência pode ser observada em MS e outros 9 estados brasileiros. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de março e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 12, período de 19 a 25 de março.

O estudo destaca que, na Bahia (BA), no Ceará (CE), no Distrito Federal (DF), no Mato Grosso do Sul (MS), no Pará (PA), no Paraná (PR), no Rio de Janeiro (RJ), no Rio Grande do Sul (RS), em Santa Catarina (SC) e em São Paulo (SP), observa-se sinal de crescimento de Covid-19 em todas as faixas etárias.

Já no Amapá (AP), no Espírito Santo (ES), no Maranhão (MA), em Sergipe (SE) e no Tocantins (TO), até o momento analisado, o aumento é de VSR e está concentrado fundamentalmente nas crianças.

População infantil

Diante do atual quadro da população infantil, o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que, se a criança estiver com sinal de infecção respiratória, o ideal é não enviá-la para a escola ou creche.

“Assim, podemos tentar frear a disseminação de vírus respiratórios em crianças”. Gomes sublinha ainda que, até hoje, o país registra um percentual muito grande de crianças que não foram vacinadas contra a Covid-19.

“Por isso, é importante que os responsáveis lembrem que, por mais que a Covid-19 afete com maior intensidade a população adulta, os pequenos não vacinados também correm um risco importante. Então, a melhor forma de proteger é tomar vacina e usar boas máscaras, especialmente, quem está com sinal de infecção respiratória ou quem vive com alguém que faz parte do grupo de risco”, reforça.

A análise aponta indícios de crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas tendências de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas). Dezenove estados apresentam aumento na tendência de longo prazo, entre eles está Mato Grosso do Sul.

Em Rondônia e Roraima, o indício de SRAG ainda é compatível com oscilação em período de baixa atividade.

Crescimento de SRAG em Campo Grande

Entre as capitais, 17 têm sinal de crescimento de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,3% para influenza A; 3,7% para influenza B; 36,2% para VSR; e 46,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 4,6% para influenza A; 3,6% para influenza B; 6,1% para VSR; e 82,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

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