Moradores se arriscam para atravessar cratera que ‘engoliu’ rua no bairro Rouxinóis
Em dias de chuva, a situação piora e a rua fica submersa de água e lixo
Lethycia Anjos, Clayton Neves –
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Há cinco meses, moradores da rua Almerinda Azevedo no bairro Rouxinóis, em Campo Grande, precisam lidar com o transtorno diário gerado por uma cratera que ‘engoliu’ a rua. A cada chuva, o buraco aumenta e a população se arrisca para atravessar no único trecho da via que permanece inteiro.
As anilhas de drenagem expostas dão a dimensão cratera, que tem cerca de cinco metros de profundidade. Em dias de chuvas, a situação fica ainda mais alarmante, a água encobre a rua, invade casas e arrasta lixo por toda a extensão da via.
É só o tempo fechar que Cleonice dos Santos Reis, 60, corre para colocar tabuas e panos em frente ao portão na tentativa de impedir que a enxurrada entre em sua casa. Moradora do Rouxinóis há 30 anos, ela narra o drama diário vivido pelos moradores.
“Quando chove, é só vendo para crer. A água enche a cratera, passa por cima da rua e vai seguindo pelas outras ruas. Ninguém passa nem para ir no mercado, ficamos presos dentro de casa”, relata.
Além dos transtornos, Cleonice teme que a cratera, que fica submersa em dias de chuva, gere um acidente grave aos condutores ‘desavisados’ que passam na região.
“Esses dias um motorista estava indo direto na rua em direção à cratera, como estava coberta de água ele não conseguiu ver, por sorte consegui pará-lo, se caísse iria morrer”, diz a moradora.
Para a também moradora, Sheila dos Reis, a maior dificuldade é atravessar a cratera com crianças, trajeto que é feito todos os dias para levar os filhos à escola.
“Minha casa só não alaga, porque a porta é mais alta. Meu vizinho perdeu tudo e disse que vai mudar, ninguém aguenta mais essa situação”, lamenta.
Moradores ficam ilhados
Outro problema frequente relatado pelos moradores é a dificuldade para sair de casa em dias de chuva ou até mesmo chamar um carro de aplicativo. Com as ruas submersas, moradores ficam ilhados dentro da própria casa.
“Quando a gente chama um carro de aplicativo tem que combinar antes, se não, o motorista vê a situação na rua e vai embora. A saída é andar até a rua mais próxima e chamar de lá”, desabafa uma moradora.
No local, a reportagem do Jornal Midiamax constatou que o problema não se limita a cratera da rua Almerinda Azevedo, há poucos metros, na rua ao lado, a ausência dos asfalto somada aos buracos, faz com que toda a região fique intransitável, até mesmo as rotas alternativas se tornam um desafio aos motoristas.
Sisep diz que não havia sido informada do problema
Ao Jornal Midiamax, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) alegou que não havia sido notificada sobre a existência da cratera, no entanto diversos moradores relatam ter entrado em contato com a prefeitura para solucionar o problema.
“A Secretaria não havia sido informada desse problema, por isso reforça à população a importância da solicitação de serviços serem feitos pelos canais 156 e Fala CG, para que o atendimento possa ser incluído na programação diária”, diz a nota.
Segundo a Sisep, uma equipe foi encaminhada ao local para verificar o que precisa ser feito para solucionar o problema.
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