Moradora denuncia que nascente secou com excesso de plantações em comunidade quilombola
Denúncia foi feita durante reunião da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Alems nesta tarde
Dândara Genelhú, Karine Alencar –
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Moradora da comunidade quilombola em Furnas dos Baianos, localizada em Piraputanga, a 118 quilômetros de Campo Grande, Ivete Pires, procurou a Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para denunciar a seca causada pelo excesso de plantações na região.
Ela relata que o córrego está sendo sustentado por outras nascentes e a situação traz preocupações para quem mora no local. “Cada ano que passa, cada temporal, enchente que dá, o nosso córrego está morrendo […] O excesso de plantação de soja lá em cima da serra, a carvoaria, criação de gado, o desmatamento até a beirada da descida do morro, que desce lá para a furna. E aí a nossa preocupação é: Se a gente não morrer soterrado lá, vamos morrer envenenados”, diz ao se referir à época pulverização na soja.
O deputado estadual Zeca do PT, solicitou verbalmente que o Imasul tome providências para que “quem planta respeite as normas”. “O que desceu de lodo, de barro é pavoroso” disse ao falar da situação do local na época de chuva forte.
Lucas de Lima lembrou que o caso é muito parecido com Bonito. “Ninguém respeita, é preciso criar uma fiscalização maior. O homem é o principal culpado, a ganância do homem em ganhar dinheiro destrói nosso meio ambiente”.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Renato Câmara, disse que com o encaminhamento da Casa, pode ser apontada a restauração da microbacia. “A gente precisa colocar como prioridade porque está com uma situação de calamidade, depois que morrer o rio vai muito mais recursos do que a gente tirar ele da UTI, esse encaminhamento é importante, encaminhar para Semadesc”, pontuou.
Presente na reunião, o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) afirmou que visitará a região para verificar os desmatamentos. “Nós fizemos a vistoria na propriedade e por 21 hectares desmatados sem licença ambiental. O embargo da propriedade, isso indo para a documentação, ele fica praticamente inviabilizado, porque o frigorífico não compra, banco não financia. Já foi demandada uma fiscalização, mas eu me comprometo a ir lá não só para olhar uma questão de desmatamento. Se nós constatamos que a atividade não foi executada de acordo com a licença, a atividade dele será embargada”, disse.
*Matéria alterada às 18h22 para correção de informação.
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