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Cotidiano

Mato alto e acúmulo de lixo viram chamariz para assaltos na Vila Ieda: “não dá para passar à noite”

Moradores precisam se juntar para pagar por limpeza do bairro
Monique Faria -
Vizinhos reclamam de lixo acumulado, na Vila Ieda. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Lixo acumulado, mato sem cortar e falta de iluminação na rua são as características que tornam a rua Marcelino Pires, na Vila Ieda, o cenário perfeito para assaltantes cometerem crimes no bairro que é composto, em sua maioria, por inquilinos universitários.

Moradores afirmam que à noite o risco é maior. E o cenário piora porque haveria gente que chega de longe para jogar lixo no local. Mesmo com os esforços dos vizinhos na limpeza, em poucos dias, a situação volta a ficar crítica.

O naturalista Nemias Ferreira da Silva, de 56 anos, aluga kitnets para estudantes da Universidade Federal no bairro. Ao Jornal Midiamax, ele conta que várias vezes se juntou com vizinhos para pagarem a limpeza de áreas de acúmulo de lixo, o que não durou por muito tempo.

“Nós [vizinhos] que mandávamos roçar. Pagávamos gente para fazer isso, para fazer pelo menos uma limpeza. Mas, acabou de limpar e já vem gente jogar lixo de novo. Eles vêm de longe para jogar aqui”, afirma.

Vizinhos limpam os terrenos, mas lixo volta a acumular. (Henrique Arakaki, Midiamax)

A falta de iluminação na rua obriga os estudantes a contornarem a rua, já que muitos já foram assaltados durante a noite. “O pessoal tem que dar a volta, entrar na avenida pela principal, porque aqui não tem condições de passar à noite. Já tive inquilinas minhas que foram assaltadas na esquina de casa”, comenta o morador.

Região vizinha também enfrenta o problema

Um pouco mais adiante, na Vila Carlota, a falta de limpeza do bairro também é um problema. Na Rua do Dólar, além da falta de asfalto, o lixo acumulado se torna transtorno para os moradores.

O aposentado, Domingos Barbosa, 71 anos, diz que há muito tempo não vê uma sendo feita no local. “O mato vai crescendo e o pessoal joga lixo. Tem seis anos, também, que não vejo uma máquina passar aqui”, afirma.

Maria de Fátima Oliveira, 56 anos, que trabalha com serviços gerais, por vezes faz a limpeza do mato, em frente à sua casa, mas não vê a mesma colaboração dos vizinhos. “Fica tudo limpinho aqui porque eu limpo, mas desanimo com os outros jogando lixo. Eles gostam de fazer pirraça. Eu cuido, mas os outros vem aqui para jogar”, conta.

A falta de asfalto também é problemática para os inquilinos da rua, e a saída é jogar restos de construção civil para que os carros consigam transitar no local com mais facilidade. A aposentada Maria Regina mora há 40 anos na rua e diz que, quando chove, fica quase impossível transitar na via. “Estou vendo que vou morrer e não ver solução para essa rua”, comenta.

Moradores limpam restos de para carros conseguirem transitar pela rua. (Henrique Arakaki, Midiamax)

O Jornal Midiamax entrou em contato com a prefeitura sobre a situação dos bairros. Por meio de nota, a (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que “as vias não asfaltadas recebem manutenção periódica” e que, em relação à limpeza, que a pasta mantém cronograma diário elaborado a partir das solicitações recebidas pelo 156 e do Fala .

“Por isso, pede à população que as demandas sejam encaminhadas por esses canais, para que possam ser incluídas na nossa programação de serviços”, conclui a nota.

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