Levados a leilão na última quarta-feira (3), bens do espólio do ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, morto em agosto de 2013, com câncer no intestino, não atraíram interessados. São quatro imóveis rurais e sete urbanos.

A ação determinada pela juíza Daniela Vieira Tardin, da 4ª Vara Cível e faz parte do cumprimento da sentença de violação aos princípios administrativos.

O leilão, realizado de forma online, teve início em 28 de março e foi encerrado na quarta-feira (3), mas não recebeu nenhum lance. Entretanto, está prevista uma nova rodada de ofertas no dia 10 de maio. Não serão aceitos lances inferiores a 60% do valor de avaliação.

Os quatro imóveis rurais estão localizados próximo a MS-156 que fazem parte da divisão da ‘Fazenda Revolta’. No leilão também são oferecidos terrenos urbanos no Jardim Canaã I, Jardim Maracanã e Jardim das Primaveras.

Esquema de corrupção 

Ari Artuzi teve uma carreira política marcada por polêmicas. Ele chegou a ser deputado estadual e foi eleito prefeito de Dourados em 2008. Em seguida, foi alvo da Operação Uragano, considerado um dos maiores esquemas de corrupção no município. 

A ação foi desencadeada pela Polícia Federal em setembro de 2010, a partir da delação premiada de um dos seus principais assessores e colocou várias pessoas na cadeia, entre elas, o próprio prefeito.

Ary Artuzzi renunciou ao cargo em dezembro daquele mesmo ano e a cidade chegou a ser administrada pelo juiz Eduardo Machado Rocha. Logo depois foi substituído de forma interina por Délia Razuk, que entregou o cargo a Murilo Zauith, após eleição extemporânea no início de 2011.