Jardim Anache é tomado por lixões a céu aberto e moradores sofrem com aumento de dengue
Quem mora no bairro também reclama de transporte público precário e assaltos em plena luz do dia
Monique Faria –
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Ao circular pelo Jardim Anache – região norte de Campo Grande -, a quantidade de terrenos baldios é algo que chama atenção. A maioria dos lotes é de propriedade privada e não recebe manutenção de limpeza. Os próprios moradores do bairro aproveitam-se da situação para jogar entulhos nos terrenos, agravando ainda mais a situação.
Dona de casa, Marinalva Araújo afirma que os moradores acabam prejudicando o próprio bairro, pois jogam lixo nos terrenos, mesmo tendo um ecoponto no Vida Nova, bairro vizinho. “Os moradores precisam ter consciência porque moram aqui. Meu lixo eu cuido, minha casa e meu quintal são limpos. O meu marido, quando precisa, leva os entulhos nos ecopontos”, afirma.
No momento em que os repórteres do Midiamax estavam pelo local, os agentes da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) fiscalizavam um lote vago que estava coberto de lixos, propício para a formação de criadouros de mosquito-da-dengue.
O comerciante José Milton afirma que no bairro costuma ter alguns casos de dengue, e cada morador deveria fazer sua parte para evitar a proliferação da doença. “Tem alguns casos de dengue sim, e a culpa mesmo é da população. O lixeiro passa três vezes na semana, mas o pessoal tira o lixo de dentro de casa e joga no terreno baldio”, conta.
Transporte público deixa a desejar
Outro problema do bairro é a falta de ônibus para transportar a população. Em frente ao comércio de José Milton tem um ponto, e o comerciante observa as pessoas esperando por mais de uma hora. “No final de semana é pior ainda, as pessoas ficam esperando por mais de uma hora. Isso começou depois da pandemia, porque eles tiraram alguns ônibus da linha e não colocaram de volta”, explica.
Uma técnica de enfermagem, residente do bairro, aguardava o ônibus há mais de uma hora no ponto. “Eu sou nova na cidade, acordo cedo para trabalhar no hospital, mas o ônibus está sempre atrasado. Diversas vezes os motoristas falam que o ônibus foi assaltado para justificar o atraso”, afirma.
Assaltos em plena luz do dia
A falta de um posto policial no bairro deixa a região perigosa e os moradores temem assaltos até mesmo durante o dia. Marinalva Araújo já escapou de um assalto enquanto caminhava pelo bairro. “Eu fui seguida por um assaltante cinco horas da tarde, quando eu voltava da aula de ginástica. Só não fui assaltada porque pedi socorro para um rapaz de uma obra”, conta.
As casas da região também são alvo de assaltantes, mesmo à luz do dia. José Milton diz que sempre comentam em seu estabelecimento sobre casas que foram roubadas. “Costumam invadir casa durante o dia mesmo. A segurança aqui não é legal”, afirma.
O posto policial mais próximo é no bairro Nova Lima, e o posto de saúde em que os moradores costumam ir fica localizado no bairro Vida Nova. Até mesmo creches estão em falta na região. A dona de casa Maria Angélica Mateus reclama que muitas mães estão aguardando vaga para colocar seus filhos na creche. “Aqui só tem uma creche e eu não consegui colocar meu filho ainda”, comenta.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura sobre a fiscalização dos terrenos baldios, mas até o fechamento da reportagem não teve resposta. O canal segue aberto para manifestações.
O Consórcio Guaicurus foi acionado para se posicionar sobre a falta de ônibus no bairro, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.
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