Mato Grosso do Sul decide manter escolas cívico-militares após Lula cortar verba federal
Escolas mantidas pelo governo do Estado ficam em Campo Grande, Maracaju e Anastácio
Clayton Neves –
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O Governo de Mato Grosso do Sul vai manter o funcionamento das escolas cívico-militares em funcionamento no Estado. Segundo a SED (Secretaria Estadual de Educação), as unidades continuarão com o mesmo esquema de gestão, pois fazem parte de programa próprio, sem vínculo com o Governo Federal.
“A Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul não terá sua oferta impactada, uma vez que possui um programa próprio, executado em parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Polícia Militar”, informou a SED por meio de nota.
Apesar do atendimento ser mantido, não há previsão para ampliação do modelo de ensino em Mato Grosso do Sul. Atualmente, o Estado administra quatro escolas cívico-militares em Mato Grosso do Sul, duas em Campo Grande, uma em Anastácio e a mais recente, inaugurada há 1 ano, em Maracaju.
Ainda de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Educação concluiu que o programa tem um problema de execução orçamentária e que a verba pode ser melhor aplicada em outras frentes.
“As características do Programa e sua execução até agora indicam que sua manutenção não é prioritária e que os objetivos definidos para sua execução devem ser perseguidos mobilizando outras estratégias de política educacional. Desaconselhamos que o Programa seja mantido”, diz o documento obtido.
Fim do Programa – Nesta quarta-feira (12), o governo do presidente Lula (PT) anunciou o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, um dos principais projetos da gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
Em documento do MEC (Ministério da Educação), divulgado pelo Jornal Folha de São Paulo, o encerramento será concluído até o final deste ano letivo. A ordem é para que a transição seja feita com cuidado para não atrapalhar o “cotidiano das escolas e as conquistas de organização que foram mobilizadas pelo programa”.
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