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Cotidiano

Acumulador volta a bloquear rua de Campo Grande com montanha de lixo e carros fazem fila

Moradores reclamam do mau cheiro que pode ser sentido de longe
Clayton Neves, Thalya Godoy -
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Diversos calçados e restos de planta foram deixados no local. (Foto: Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax)

Mais uma vez, acumulador de 52 anos bloqueou a passagem na calçada e em uma das pistas da Rua Planalto, em Campo Grande. Na manhã desta segunda-feira (27), fila de veículos se formou na via enquanto motoristas tentavam desviar do lixo que voltou a ser descartado pelo suspeito.

Calçados e embalagens diversos, roupas, latas de tinta, plantas e pedaços de madeira estão espalhados ao redor da casa que já virou ponto conhecido da cidade. No local, de longe se nota o mau cheiro que tem irritado moradores.

“Essa situação já está assim há um mês e toda vizinhança tem medo desse homem”, comentou morador que preferiu não ser identificado. 

Calçada e parte da rua foram bloqueados pelo homem. (Foto: Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax)

De acordo com outra vizinha, todo o bairro já perdeu a paciência com os repetidos episódios protagonizados pelo morador. “A Prefeitura tira o lixo, ele vai e põe de novo. Outro dia jogou um vidro e quase acertou um motociclista. A gente não aguenta mais essa situação, sem falar no risco da dengue”, detalha. 

Hoje, cartazes fixados pelo acumulador faziam referências ao direito de protesto e manifestação. Em outra faixa, ele diz que teve parte do terreno desapropriado e que não recebeu por isso. 

Andando nu

No sábado, o suspeito foi filmado andando sem roupas na sacada de vidro. Vizinhos acionaram a Polícia Militar após e o Conselho Tutelar ao verem crianças no imóvel enquanto ele corria pela sacada.

Conforme consta no boletim de ocorrência, quando os policiais chegaram ao local encontraram metade da rua interditada com galhos, vidros, pedras e entulho. Em seguida, uma mulher apareceu no primeiro piso do imóvel com quatro meninas, dizendo que “estava tudo bem e não estava havendo nada de agressão contra as suas filhas (sic)”.

A mulher entrou na casa e não saiu para atender os policiais. Em seguida, foi acionada a conselheira tutelar, que se comprometeu a realizar uma visita técnica no imóvel devido ao local estar com condições de insalubridade. A visita foi agendada.

Morador fixou placa de protesto em que diz que parte do terreno foi desapropriado. (Foto: Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax)

Os policiais conseguiram conversar com a mulher e as crianças, de 6, 9 e 10 anos. As meninas informaram que o pai não as agrediu e nem as ameaçou, mas que estaria fazendo um protesto por ter sido desapropriado de um terreno e não ter recebido o valor.

Elas ainda explicaram que, durante o tal protesto, ele saiu sem roupa no quintal, no primeiro piso, e foi visto por pessoas que passavam pela rua. O caso foi registrado como ato obsceno na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

Agetran realizou ‘operação limpeza’ no imóvel

No último dia 10 de março, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) realizou uma ‘operação de limpeza’ no imóvel, devido ao acúmulo de lixo e plantas, principalmente na calçada. Na ocasião, foi apurado pelo Jornal Midiamax que o morador não estava na residência.

Foi utilizada uma retroescavadeira e um caminhão cheio de entulhos e plantas foi retirado do local. O trânsito chegou a ficar interditado para limpeza. A calçada estava intransitável, com tambores, equipamentos velhos e enferrujados, vidros, cadeiras e uma infinidade de objetos.

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