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Cotidiano

Famílias começam a ser retiradas do Mandela, mas espera pelas casas ainda será longa

As casas estão em fase de construção e devem ser entregues em 12 meses, enquanto esperam as famílias serão abrigadas em uma escola
Lethycia Anjos, Clayton Neves -
Retirada das famílias
Retirada das famílias do Mandela (Alicce Rodrigues, Midiamax)

O dia amanheceu com esperanças de recomeço na favela do Mandela. Após perderem tudo e serem obrigadas a morar em tendas improvisadas, famílias atingidas pelo incêndio começaram a ser retiradas do local nesta quarta-feira (13). As famílias receberão moradias definitivas que estão em fase de construção, mas devem ser entregues em 12 meses.

A retirada priorizou as famílias atingidas pelo incêndio de grandes proporções ocorrido em 16 de novembro, no entanto a prefeitura de garantiu que todas as 187 famílias que residem no Mandela receberão um lar definitivo.

Famílias serão abrigadas em escola

Conforme a (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), apenas 15 aceitaram a retirada e serão realocadas para um abrigo temporário na Escola Maestro João Corrêa Ribeiro, a unidade entrará em recesso na próxima semana, mas a área destinada aos moradores já foi isolada.

Lucione Braga, 46, construiu sozinha o barraco que, há oito anos, chamava de lar na Favela do Mandela. Em 16 de novembro, ela perdeu tudo que tinha no incêndio e precisou recomeçar em uma tenda compartilhada com outra moradora.

“Ir para o abrigo não é exatamente o que queria, mas infelizmente essa é a ponte que a gente tem que conseguir uma casa. É difícil, mas mantenho a esperança e espero que seja rápido”, diz a doméstica.

Outras 23 famílias optaram por ficar em casas de familiares até que possam se mudar para os lotes. Além disso, cerca de 42 famílias já haviam se mudado temporariamente para casa de amigos e familiares logo após o incêndio.

Durante a retirada cinco pessoas causaram tumulto pois queriam ir direto para os lotes, contudo o local ainda está em fase inicial de construção e não teria condições de obrigá-los.

Para auxiliar na retirada, um caminhão foi disponibilizado para o transporte dos poucos itens que restaram as famílias, como roupas, colchões, móveis e eletrodomésticos. Esses itens ficarão em um (Centro de Referência de Assistência Social), até o termino da construção das casas.

Já as tendas do Exército serão completamente retiradas e encaminhadas para a Venezuela.

A previsão é que nos próximos meses as famílias se mudem para os lotes mesmo antes do término da construção das casas. A prefeitura também assegurou que todos os moradores seguirão recebendo assistente no abrigo e após se mudarem para as casas.

Casas começam a tomar forma

A construção das novas moradias destinadas a famílias da favela do Mandela começou a tomar forma na última segunda-feira (11), em dois bairros de Campo Grande. Em anúncio feito na última sexta-feira (8), a prefeita Adriane Lopes informou que a construção das moradias custará R$ 15 milhões.

Os trabalhos foram iniciados no bairro José Tavares, local que deve abrigar as 31 famílias que perderam tudo no incêndio de 16 de novembro. Na manhã de segunda-feira equipes da Águas Guariroba deram início às escavações para implementação da rede de água e esgoto no local.

No local, maquinários da (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) realizavam o nivelamento do terreno nas áreas delimitadas pela prefeitura. Além disso, uma nova rua que dá acesso ao local deve ser aberta.

As obras também foram iniciadas no Talismã, onde 32 famílias serão abrigadas. Todos os lotes estão demarcados e duas ruas foram abertas para facilitar o acesso dos moradores.

Chegada das famílias gera insatisfação de moradores

Além de toda a dificuldade e sofrimento enfrentados pelas famílias, moradores do Mandela precisam lidar com a insatisfação dos futuros vizinhos que tentam impedir a construção das casas.

Diretor-adjunto da Emha, Claudio Marques, destaca que a prefeitura mantém o diálogo com ambos os lados a fim de evitar transtornos.

“Alguns moradores viram a chegada das famílias do Mandela com desconfiança, mas toda a prefeitura está buscando findar um elo entre os que estão chegando e os atuais moradores”, explica.

No último sábado (9), moradores do bairro Jardim Talismã protestaram, pedindo diálogo com a Prefeitura de Campo Grande sobre a transferência dos moradores da Favela do Mandela para a região.

O protesto ocorreu no cruzamento das ruas Jacinto Gomes e Jacutinga, em frente ao Terrão do Talismã, onde as famílias do Mandela serão instaladas após incêndio em novembro que destruiu 150 barracos.

Na segunda-feira, a equipe do Jornal Midiamax apurou que houve o sumiço de alguns itens destinados à construção das casas, como piquetes.

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