Com 19 mortes em 4 meses, combate à dengue é prejudicado com falta de inseticida para fumacê em MS

A expectativa é que o Ministério da Saúde receba cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos estados

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Fumacê
Ilustrativa (Foto: Divulgação / Prefeitura de Campo Grande)

Mato Grosso do Sul segue sem receber estoques do inseticida Cielo UVL e as aplicações do fumacê, método de combate ao mosquito Aedes aegypti, estão paradas em Campo Grande.

Enquanto isso, Campo Grande vive epidemia de dengue. A Capital, bem como o Estado, apresenta alta incidência para a doença, que já foi responsável pela morte de 19 pessoas em 2023, em Mato Grosso do sul.

Em Campo Grande, são 5.845 casos confirmados da doença este ano, sendo o maior número entre os municípios do Estado. E duas mortes confirmadas, sendo de uma mulher de 58 anos e uma criança de três anos, ambas em março.

Sem inseticida desde o fim de 2022

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirma que não recebe o inseticida desde o fim de 2022 e que não há nenhuma licitação aberta para a compra do produto, via município. Dessa forma, possui apenas reserva técnica do produto, ou seja, estoque mínimo usado em aplicações pontuais com bombas costais.

Ainda de acordo com a Sesau, o fumacê é um método complementar e não crucial no combate ao Aedes aegypti. O fumacê auxilia, mas as ações de manejo, por exemplo, são tão efetivas quanto o inseticida. Na verdade, ele pega só os mosquitos alados. Não elimina focos.

Em contrapartida, balanço da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) mostra que do dia 28 de abril a 7 de maio, foram inspecionados e eliminados 4.432 depósitos potenciais criadouros do mosquito, nestes 120 estavam com focos. Foram recolhidos 265 pneus encontrados em vias públicas e terrenos baldios.

Ministério afirma que normaliza fornecimento em maio

Na semana passada o Ministério da Saúde lançou campanha nacional para o combate das arbovirose (dengue, chikungunya e zika). A ideia é alertar sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti.

Na oportunidade, disse que o inseticida para o fumacê será distribuído nas próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada.

A expectativa é que o Ministério da Saúde receba cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

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