Crianças da Aldeia urbana Inámaty Kaxé, na região do bairro Santa Mônica, em Campo Grande, receberam nesta sexta-feira (15) a entrega simbólica dos presentes do Papai Noel dos Correios. A liderança da comunidade relata a “sensação de pertencimento” após sair de terras de conflito e de Aquidauana para a Capital.
A aldeia abriga cerca de 130 famílias, sendo 75 presentes entregues para crianças até 10 anos. A líder da Organização de Apoio aos Indígenas e conselheira municipal dos direitos indígenas, é a primeira vez que evento natalina chega até a comunidade.
“Teve criança que quando trouxe a cartinha me disse que tinha muita vontade de escrever para o Papai Noel, via na televisão e a mãe não sabia como. Só de escrever a cartinha ela se sentiu realizada. Agora, com a entrega, é um sonho que se realiza. Estamos participando da sociedade envolvente. Nós povos originários somos apontados o tempo todo, massacrados com coisas pejorativas, mas estamos em buscas de conquistas. Essa entrega é uma forma de visibilidade”.
Ainda dá tempo de fazer o Natal de uma criança feliz
Segundo a coordenadora regional do projeto dos Correios, Lucia Mendes, o Estado registrou 10 mil cartinhas, sendo 8,8 mil adotadas. Só em Campo Grande foram 7,8 mil escritas, sendo 7,1 mil apadrinhadas. Os interessados em fazer o Natal de uma criança feliz ainda têm até o fim do dia para adotar uma cartinha. A entrega dos presentes deve ser feita até a segunda-feira (18).
“Um lembrete: padrinhos, não esqueçam de entregar os presentes. Tem muita criança em casa esperando. Temos uma expectativa de receber alguns presentes de padrinhos e empresas para conseguir atender todos. Não será aquilo que a criança pediu, pois no final ficam os presentes mais caros, mas vamos mandar um presentinho, ninguém vai ficar sem presente”.
Desde o início da campanha, os Correios realizam entregas simbólicas em creches e escolas, com cronograma até a próxima sexta-feira (22). “É um momento de dever cumprido, de satisfação, durante a campanha vemos rostinhos felizes, olhinhos brilhantes… Isso não tem preço. Não vamos relaxar enquanto 100% dos presentes não estiverem entregues”, finaliza.
