Empresas de bairros criaram cronograma para buscar funcionários que dependem de ônibus
Para evitar atrasos e surpresas, lojas na Avenida Cafezais buscaram funcionários em bairros de Campo Grande
Danielle Errobidarte, Karina Campos –
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Se solidarizando com os funcionários que dependem do transporte público, que paralisou pela manhã desta quarta-feira (18), empresas da região da Avenida Cafezais, em Campo Grande, organizaram um cronograma com antecedência para evitar atrasos ou surpresas pela falta de ônibus.
O gerente de uma farmácia, André Luiz Marques Junior, de 31 anos, disse que se organizou com a equipe e buscou três trabalhadores no Pioneiros, Parati e Jardim Pênfigo, outros moram no bairro e não precisam do transporte. “Sai para buscar às 6h30, porque a farmácia abre às 7h”.
Vitor Augusto Colombo, de 49 anos, é gerente de um supermercado e teve que verificar se os 63 funcionários iriam precisar de suporte nesse momento. Com o carro da empresa buscou três trabalhadores e os demais já utilizam bicicleta ou mora próximo.
“Ontem à noite a diretoria da rede informou que o serviço de ônibus ia paralisar e colocaram no cronograma a falta dos ônibus. Nós abrimos normalmente e sem atrasos às 7h pela organização”, pontuou.
Outro gerente de supermercado, que preferiu não se identificar, disse que pegou funcionários na região do Moreninhas e no Aero Rancho. “Olhei as escalas e organizei, ainda tem o horário da tarde para ver quem pega ônibus e precisa trazer com o carro da empresa”, disse.
Serviço de ônibus volta quando?
De acordo com o o presidente da Federação dos Trabalhadores do Transporte de Mato Grosso do Sul e diretor financeiro do sindicato de Campo Grande (STTCU-CG), William Alves da Silva, os ônibus do transporte coletivo de Campo Grande devem voltar às ruas na próxima quinta-feira (19).
A paralisação está ligada à reivindicação de reajuste salarial de 16% para a categoria, referente ao reajuste de 2022. A negociação ocorre desde dezembro do ano passado, entretanto, os empresários oferecem 6,4% sob alegação de que a tarifa deve sofrer reajuste para conseguir arcar com despesas.
“Não é o intuito da categoria prejudicar a população. Nós só estamos defendendo um direito legal do trabalhador do transporte coletivo que é ter seu reajuste salarial. Para ficar claro, hoje não é greve. Para ser greve tem todos os procedimentos burocráticos. Hoje é uma paralisação. Provavelmente amanhã voltam ao normal os ônibus”, frisou William Silva, em live do Jornal Midiamax.
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