MS chega a 33 mortes por doenças respiratórias após aumento de casos em uma semana

Idosos e crianças são grupos de risco para as doenças e os principais afetados em Mato Grosso do Sul

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Pacientes doentes por SRAG na Santa Casa. Imagem Ilustrativa. (Divulgação, Santa Casa)

As síndromes respiratórias, chamadas de SRAG, levaram 3.652 pessoas à internação em 2023, no Mato Grosso do Sul. Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) revelam que o número de mortes por SRAG chega a 33 este ano, sendo cinco a mais do que na semana passada.

Idosos e crianças são grupos de risco para as doenças e os principais afetados. Boletim epidemiológico mostra que crianças de zero a 9 anos representam 50% dos casos notificados e internados por SRAG no Estado. Em 2023, 1.067 bebês com menos de um ano foram internados e outras 1.095 crianças até nove anos.

Mas as mortes por influenza e em decorrência da SRAG, são mais comuns nos idosos. Os dados estaduais mostram que 40% das mortes confirmadas este ano foram de pessoas acima dos 60 anos.

Na última semana, foram confirmadas cinco novas mortes no Estado, sendo o mais novo um homem de 22 anos, morador de Campo Grande e sem comorbidades. Ele foi diagnosticado com Influenza B.

As mortes ainda incluem dois homens de Campo Grande, de 56 e 57 anos, que tinham comorbidades e foram diagnosticados com H1N1. Uma mulher de 49 anos e moradora de Ribas do Rio Pardo está entre as vítimas, junto com um homem de 93 anos, de Nova Andradina.

Surto de doenças respiratórias

Mato Grosso do Sul viveu um surto de doenças respiratórias, principalmente em crianças, em março e abril. Dados dos boletins epidemiológicos da SES mostram que as doenças respiratórias seguem fazendo vítimas graves no Estado.

Na época, as SRAG aumentaram em 30% a demanda de pacientes em unidades públicas de saúde de Campo Grande. Mas também comprometeram o atendimento em hospitais particulares, que chegaram à lotação máxima, principalmente na ala pediátrica.

O cenário atual é parecido com o de meses atrás. Vírus que deixaram de circular nos últimos anos, devido ao distanciamento social, voltaram mais fortes e encontraram pessoas com menos resistência para eles. O resultado: postos de saúde e hospitais lotados de pacientes com sintomas respiratórios.

O pneumologista Ronaldo Perches explica que o ar seco e frio diminui as defesas das vias aéreas, provocam inflamação e aumentam as chaves de complicações por infecções mais graves. O cenário é típico dos meses entre maio e julho, quando as temperaturas amenas e a falta de umidade do ar estão mais intensas.

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