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Cotidiano

Disputados na pandemia, itens de proteção contra Covid sobram nas prateleiras da Capital

Verdadeiros 'itens-desejo' nos piores anos de pandemia, os autotestes, máscaras e álcool e gel caíram no esquecimento do consumidor
Nathália Rabelo -
autoteste
Autoteste em farmácias de Campo Grande (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Quando a gravidade da pandemia de foi decretada oficialmente em com o lockdown, nunca se falou tanto em hábitos de higienização. Só quem viveu de perto essa fase consegue recordar do verdadeiro cenário apocalíptico de pessoas correndo contra o tempo para comprar máscara, álcool em gel e autotestes. Por vezes, os ‘itens-desejo’ ficavam esgotados nas prateleiras e filas se formavam nas farmácias para a realização de testes rápidos, tamanha a procura. Três anos depois, a realidade é bem diferente e reflete a normalidade pela qual Campo Grande vive em meio a baixa mortalidade pela doença. Agora, itens contra o vírus caíram no esquecimento e registram vendas reduzidas na Capital.

O Jornal Midiamax conversou com alguns varejistas na manhã desta terça-feira (7) para entender a situação. Em farmácia de rede localizada no Jardim São bento, o lojista explica que a venda de máscaras teve uma redução média de 90% em comparação com 2020. Além disso, local realizava cerca de 40 testes por dia. Agora, número reduziu para quatro.

álcool em gel
(Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

“Está saindo pouco autoteste também. As pessoas preferem vir e fazer o teste aqui”, explica o atendente.

A baixa movimentação desse setor também é percebida em outra farmácia, dessa vez na Rua Raul Pires Barbosa. “A gente vendia cerca de 15 a 20 autotestes por dia. Agora se eu vendo 1 no dia é muito. de máscara é cerca de três. Diminuiu muito a procura”, explica a empresa.

Em ambas as farmácias, o único item que não teve queda brusca foi o álcool em gel. Segundo lojistas, a venda segue uma média boa. “Muita gente coloca nas lojas, no transporte público e no carro”.

Pessoas preferem fazer nos postos

Roberto Martins Rosa é presidente da Sinprofar-MS (Sindicado do Varejista de Produtos Farmacêuticos) e dono de farmácia situada no Trevo Imbirussu. Para ele, a baixa procura pelos itens está relacionado à diminuição dos casos de Covid e também pelos serviços prestados nos postos de saúde.

“Eu percebo que as pessoas estão preferindo esperar mais para fazer o teste no posto do que ir nas farmácias”, comenta. Além disso, Roberto percebeu redução de 60% na venda de autoteste em seu estabelecimento.

Baixas nas farmácias não são de agora

Vale ressaltar que as farmácias de Campo Grande já apontavam baixa procura por autotestes desde maio de 2022, quando casos, inclusive, haviam aumentado na cidade. Em entrevista na época, o farmacêutico Gilberto Miranda disse que as pessoas preferem fazer testes no próprio local por “medo de não saberem usar”, disse ele.

Mesmo assim, os dados apresentados pela Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias) já apontavam decréscimo na realização de testes em farmácias do Mato Grosso do Sul.

máscara
(Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Seis mortes em MS

Nos últimos sete dias, a covid-19 matou mais seis pessoas em Mato Grosso do Sul, elevando o total de mortes no Estado para 11.016. Entre as vítimas, quatro mulheres e dois homens com idades entre 49 e 95 anos. Dados são do boletim divulgado nesta terça-feira (7).

Dos novos óbitos, cinco eram moradores de Campo Grande e um de Dourados. Segundo boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), as mortes aconteceram entre 21 de janeiro e 4 de março.

Também na última semana, 420 testes realizados no Estado deram positivo para a covid-19. Com isso, o total de confirmações já identificadas desde o início da pandemia chega a 607.776 em Mato Grosso do Sul. 

Dourados, Paranaíba e Campo Grande são as três cidades que tiveram maior número de exames positivos, 57, 56 e 55, respectivamente. Na sequência, aparecem com 35, Ivinhema teve 32 e Aparecida do Taboado e Nova Alvorada do Sul com 26 novas confirmações cada. 

Ao todo, 25 municípios não tiveram nenhuma confirmação do novo coronavírus nos últimos sete dias.

Atualmente, 18 pessoas estão internadas em hospitais para tratamento da covid-19, quatro delas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Outros 1.282 estão com o vírus ativo e em isolamento domiciliar. 

Onde se vacinar

A vacina contra a covid-19 segue disponível em mais de 50 locais de Campo Grande nesta terça-feira (14). Podem receber as doses, de primeira à quarta, moradores a partir dos seis meses de vida.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o atendimento é das 7h30 às 16h45. É preciso estar atento porque a aplicação das vacinas infantis é feita em unidades específicas. Mais informações podem ser acessadas aqui.

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