De braços cruzados, motoristas de ônibus votam indicativo de greve nesta quarta

Com 100% dos trabalhadores parados, profissionais do transporte coletivo de Campo Grande vão se reunir para decidir se a paralisação de hoje vai virar greve por tempo indeterminado. Eles cobram retomada nas negociações salariais com o Consórcio Guaicurus. “Hoje é um protesto para chamar atenção do Consórcio, vamos chamar assembleia e votar edital de greve […]

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Ônibus não saíram das garagens (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Com 100% dos trabalhadores parados, profissionais do transporte coletivo de Campo Grande vão se reunir para decidir se a paralisação de hoje vai virar greve por tempo indeterminado. Eles cobram retomada nas negociações salariais com o Consórcio Guaicurus.

“Hoje é um protesto para chamar atenção do Consórcio, vamos chamar assembleia e votar edital de greve por tempo indeterminado. Esperamos que com essa paralisação a empresa retome a conversa com a gente”, pontua Demétrio Freitas, presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande).

De acordo com ele, na semana passada o sindicato foi informado que o Consórcio Guaicurus não se reuniria mais com a categoria para rodada de negociação. Em dezembro, a empresa ofereceu reajuste salarial de 6,5% aos trabalhadores, no entanto, deixou de lado outros benefícios.

“Não é apenas salário, temos outros benefícios que precisam ser reajustados também e nada disso avançou. Temos planos de saúde, ticket de alimentação e gratificações que não tiveram nenhuma proposta”, explica Demétrio.

Nenhum dos carros do transporte coletivo da Capital saiu da garagem e cerca de 1.500 trabalhadores estão na garagem Jaguar, onde farão assembleia.

Justiça não aceitou pedido do Consórcio Guaicurus

Em decisão na tarde desta terça-feira (17), a Justiça do Trabalho negou pedido do Consórcio Guaicurus que tentava impedir a paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande.

O advogado do Consórcio Guaicurus, Felipe Barbosa, informou à reportagem que o juiz plantonista negou o pedido em carácter de urgência.

“Nosso pedido de liminar foi indeferido, o juiz destacou no despacho dele que ainda não apresenta riscos. E disse que se houver a paralisação, vai reavaliar o pedido e notificar o sindicato”, relatou.

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