No sábado (4), o Comitê de solidariedade ao povo palestino de Mato Grosso do Sul realiza um ato em Campo Grande. A ação está marcada para começar às 13h na praça Ary Coelho e sair em marcha pelas ruas.

De acordo com a organização, a rota da marcha será divulgada na hora, quando todos estiverem reunidos. A ideia é demonstrar solidariedade e apoio ao povo palestino.

“Por que estamos marchando? Estamos marchando pela justiça, pela paz e pela liberdade da Palestina. Estamos marchando para mostrar ao mundo que o povo palestino merece seu direito à autodeterminação e a um futuro melhor”, diz a convocação.

São esperadas cerca de 200 pessoas e mais informações podem ser obtidas nas redes sociais do comitê.

Guerra já matou milhares

Tropas em solo de Israel avançavam pela Faixa de Gaza nesta quinta-feira, enquanto os Estados Unidos e países árabes intensificavam esforços diplomáticos para relaxar o cerco ao enclave governado pelo Hamas e conseguir ao menos uma breve pausa no conflito para ajudar civis.

Mais de 3.600 crianças palestinas foram mortas em 25 dias de confronto, enquanto os bombardeios levam centenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas, enquanto a comida, a água e o combustível escasseiam.

O confronto começou quando o Hamas lançou uma sangrenta incursão em 7 de outubro em Israel, na qual matou centenas de homens, mulheres e crianças. Cerca de 240 pessoas foram capturadas. Os EUA têm reafirmado apoio incondicional a Israel e buscam tirar o Hamas do poder em Gaza, bem como destruir suas capacidades militares. A abertura para a saída de pessoas por Rafah ocorreu após semanas de conversas entre Egito, Israel, os EUA e o Catar, este um mediador com o Hamas.

Foguetes de Gaza atingiam Israel, e escaramuças diárias entre Israel e militantes do Hezbollah no Líbano afetavam a vida de milhões de israelenses, além de forçar estimados 250 mil a deixar suas casas em zonas fronteiriças no norte e no sul do país. Já o Ministério de Saúde de Gaza afirmava que mais de 8 800 palestinos foram mortos no confronto, em sua maioria mulheres e menores de idade, com mais de 22 mil feridos. Mais de 1.400 pessoas morreram do lado israelense, muitos deles civis mortos durante o ataque inicial do Hamas. Nos dois casos, a escala das vítimas é sem precedentes nesses conflitos. (Agência Estado)