UPAs lotadas, horas e horas de espera, reclamações e guardas municipais. Essa é a rotina diária das unidades de saúde pública de Campo Grande. Nesta quarta-feira (29), pelo menos seis guardas municipais estiveram na Upa Leblon.

De acordo com leitores do Jornal Midiamax, a Upa estava completamente lotada nesta tarde, com pacientes esperando a quatro, cinco horas por atendimento médico. “Eles estão chamando a guarda e a polícia para as pessoas que reclamam. O rapaz com uniforme reclamou, porém não chegou a desacatar nenhum funcionário”, disse um leitor.

A situação não é atípica. Na semana passada, a guarda municipal também esteve em caso parecido na Upa Universitário. “Fazia uma hora que não chamava ninguém, reclamamos e aí chamaram a guarda”, disse outro leitor.

Prefeitura diz que medida é pontual

Em nota, sobre a situação do acionamento da guarda municipal, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) “esclarecer que essa é uma medida pontual e não ocorre de maneira indiscriminada, não sendo adotada como prática para intimidar ou coagir pacientes que manifestem algum descontentamento em relação ao atendimento. Não obstante, existem os canais onde o paciente pode efetivar e acompanhar a sua reclamação, como a Ouvidoria SUS, bem como formalizá-la diretamente no serviço social ou na gerência da unidade para que medidas possam ser adotadas no sentido de melhorar a qualidade do serviço”.

Upa Leblon nesta quarta-feira. (Foto: Fala Povo)

Guarda diz que reforça a segurança

Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a Guarda Civil Metropolitana afirma que atua de forma preventiva nas 7 regiões de Campo Grande.

“Quando chega a informação que alguma unidade está com muitas pessoas aglomeradas a GUARDA CIVIL METROPOLITANA reforça as unidades de saúde, visando o trabalho preventivo na segurança, em prol da população de Campo Grande e também de seus Servidores”.

Unidades de saúde enfrentam superlotação

A prefeitura reforça que nas últimas semanas, houve um aumento de mais de 30% nos atendimentos, em razão da circulação de vírus respiratórios e do vírus da dengue, o que, por sua vez, tem provocado uma sobrecarga no sistema de saúde, sobretudo nas unidades de urgência e emergência.

Como é de conhecimento, os atendimentos nestas unidades ocorrem por classificação de risco e não por ordem de chegada e, desta forma, pacientes com maior gravidade são priorizados em detrimento dos demais. Hoje mais de 60% dos pacientes atendidos nas UPAs e CRSs são classificados como azul e verde, ou seja, apresentam quadros de menor gravidade e, por sua vez, tendem a aguardar por mais tempo pelo atendimento, o que pode ocasionar reclamações.

No entanto, diversas medidas já foram adotadas pela secretaria municipal de saúde, como o reforço no quadro funcional das unidades e envio de equipes de apoio, para assegurar que estes pacientes sejam atendidos dentro do tempo protocolar que é de até 4h. As unidades de urgência e emergência contam com efetivo da Guarda Municipal de plantão e em casos onde é constatada alguma ameaça ou necessidade de intervenção é solicitado o reforço do efetivo para evitar excessos e assegurar a integridade de todos.

Por fim, a Sesau pede a compreensão da população diante do cenário hoje exposto e repudia toda e qualquer forma de excesso ou violência, seja física ou verbal.

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