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Cotidiano

Três casos em Mato Grosso do Sul: vacina é principal arma contra coqueluche

Estado não registrava casos positivos há quase três anos. Crianças são pacientes mais vulneráveis para infecção grave da doença que pode levar à morte
Karina Campos -
vacinação
Vacinação (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados de coqueluche, doença altamente infecciosa para crianças, principalmente bebês. Atualmente, o número de vacinados está abaixo de 90%, apesar de disponível em unidades de saúde, segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), que emitiu comunicado aos municípios para intensificação na imunização.

Dos confirmados, são dois casos em e um em , ambas cidades mais próximas da fronteira da Bolívia, país que vive surto da doença. A situação mais crítica é no departamento de Santa Cruz, que concentra 740 notificações, ou seja, 93,78% dos casos. A doença não foi erradicada no Brasil, portanto, circula e pode infectar crianças que não foram vacinadas.

O Estado não tinha registros positivos desde 2021. Até o momento, 15 foram notificados e 12 descartados. Em 2018, foram 36 positivos, nove em 2019 e quatro em 2020. Nos últimos seis anos, foram 343 notificados e 291 descartados.

O que é a coqueluche?

No termo científico, o agente etiológico é a bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório, característica da tosse seca. O gerente estadual de imunização da SES, Frederico Jorge Pontes de Moraes, explica que a coqueluche é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível e transmitida apenas pelo humano. A transmissão acontece pelo contato direto com uma pessoa doente, por gotículas de secreção, como a tosse, espirro e por contato com objetos contaminados.

“É uma doença que afeta o aparelho respiratório, mas imunoprevenível. Temos a vacina que previne disponível de forma gratuita, para crianças a partir de dois meses, que é a faixa etária mais vulnerável. Casos mais graves vai receber essa vacina no segunda, quarto e sexto mês de vida. A vacina Pentavalente é dada com duas doses de reforços em bebês com 15 meses e crianças de quatro anos, que chamamos de DTT. Também recomendada para profissionais da saúde e gestantes a partir do 20ª semana de gestação, DTPA”.

Vacina

A saúde preconiza a notificação imediata em casos suspeitos. O alerta enviado para secretarias municipais pede maior fiscalização e estratégias adicionais para ampliar a cobertura vacinal, que deve ser acima de 95%, como recomenda o .

“O Estado tem uma preocupação em relação à cobertura vacinal, o Ministério da Saúde preconiza nível acima de 95%, mas o último que o Estado alcançou foi em 2016. A vacina é gratuita e está disponível em unidades de saúde”, alerta.

A vacinação continua sendo a maior arma de prevenção contra a doença. A Pentavalente é um imunizante disponível em todas as unidades de saúde, através do SUS (Sistema Único de Saúde). Em unidades privadas a dose custa, em média, R$ 250.

Podem e devem se vacinar recém-nascidos a partir de dois meses, grávidas a partir da 20ª semana de gestação e profissionais da saúde.

O tratamento após o diagnóstico requer prescrição médica para antibióticos da classe dos macrolídeos.

São considerados vulneráveis:

  • Recém-nascidos que tenham contato com sintomáticos respiratórios;
  • Crianças com menos de 1 ano, com menos de três doses de vacina penta ou tetravalente, ou DTPa;
  • Crianças menores de 10 anos, não imunizadas ou com esquema vacinal incompleto (menos de três doses de vacina com componentes pertussis);
  • Mulheres no último trimestre de gestação;
  • Pessoas com comprometimento imunológico;
  • Pessoas com doença crônica grave.

Sintomas

Assim como outras doenças respiratórias, os sintomas da coqueluche acometem o paciente com mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No caso das crianças, as complicações são mais severas e é comum serem internadas, podem registrar infecção no ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, lesão cerebral e até levar à morte.

O tempo para que os sintomas apareçam desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias, mas pode variar de 4 a 21 dias e, raramente, levar até 42 dias. Em caso de suspeita para a doença, a recomendação é que procure uma unidade de saúde.

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