Pular para o conteúdo
Cotidiano

Com sete casos de raiva confirmados, MS atingiu apenas 10% de cobertura vacinal em cães e gatos

Em 2023, foram registrados sete casos de raiva em morcegos, todos em Campo Grande
Lethycia Anjos -
Prefeitura intensifica atendimento (Foto: Assecom)

Há mais de uma década, Campo Grande não registra novos casos positivos de raiva em cães e gatos. No entanto, em 2023, a Capital confirmou sete casos da doença em morcegos, que são os principais transmissores da raiva. Apesar desses casos, a procura pela vacinação antirrábica em cães e gatos em permanece baixa, com apenas 10,19% de cobertura vacinal registrada em dois meses.

Mesmo sem novos casos em cães, gatos e humanos, a vacina antirrábica é obrigatória em todo o território nacional. Conforme a (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande mantém uma cobertura vacinal vigilante para cães e gatos, uma vez que morcegos positivos para a doença têm sido identificados com frequência na área.

Os casos de morcegos com raiva têm aumentado anualmente em Campo Grande. Em 2021, foram registrados quatro casos; em 2022, foram seis; e até setembro deste ano, já foram identificados sete morcegos com raiva, dos 587 recolhidos até o momento.

Morcego
O morcego é o principal agente transmissor de raiva no perímetro urbano (Reprodução)

Para evitar novos casos, Campo Grande iniciou uma campanha de vacinação em 7 de julho com meta de imunizar 80% da população, estimada em 287.768 cães e gatos. No entanto, ainda não há dados disponíveis sobre o percentual de vacinação na Capital.

Casos de raiva em MS

O último caso de Raiva Humana registrado em Campo Grande foi em 1968. Quanto a cães e gatos, o último registro foi em 1988, e após 23 anos, houve um caso isolado de Raiva Canina em 2011, quando um cão contraiu a doença por contato com um morcego contaminado.

Mato Grosso do Sul, registrou o último caso de Raiva Humana em 2015, no entanto, o vírus continua circulando na região. De 2019 a 2021, foram diagnosticados 192 animais positivos para a raiva em todo Estado.

Em 2022, foram contabilizados 89 casos positivos, em 2020 foram 74, e em 2019 foram 29. Dentro desse total, 163 casos foram encontrados na espécie bovina, 15 em equídeos, 1 em felino, 11 em morcegos não hematófagos, 1 em ovino e 1 em um animal silvestre.

Cobertura vacinal no interior

Agente do CCZ, em atendimento itinerante em Dourados (Foto: Midiamax/Arquivo)

No demais muncipios de Mato Grosso do Sul, não foram confirmados casos de raiva em morcegos, mas a cobertura vacinal permanece baixa, com apenas 10% dos animais imunizados. Segundo dados do portal e-vacine – Módulo Pets da SES (Secretaria de Estado de Saúde), foram aplicadas 77.555 doses da vacina antirrábica, sendo 80% correspondentes a cães (60.098 doses) e 19% a gatos (15.457 doses).

Dourados apresenta a maior cobertura vacinal em todo o Estado, com 10.226 doses aplicadas, seguido por (5.209), Rio Brilhante (4.483), Nova Alvorada do Sul (4.369), Corumbá (4.093), (3.535) e Fátima do Sul (3.226).

Do total de doses aplicadas, 51 mil foram para animais da zona rural, o que corresponde a 65,9%, e 26 mil doses foram administradas em animais da zona urbana, representando 34% de cobertura.

A campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos segue o cronograma habitual, realizado anualmente de agosto a setembro, segundo a SES. Durante outros meses, são feitas vacinações em locais de foco e perifoco de raiva, tanto na área urbana quanto na rural, abrangendo morcegos e herbívoros domésticos, como bovinos, equinos, caprinos e suínos.

Quem pode se vacinar?

raiva
Agentes do CCZ estão vacinando animais (Foto: Divulgação/PMCG)

Para receber a vacina, cães e gatos devem ter pelo menos três meses e estar saudáveis. Não há outras contraindicações para a vacina antirrábica, que é a única vacina obrigatória conforme a lei.

Se o animal tiver sido desvermifugado recentemente, é necessário respeitar um período mínimo de 10 dias entre o uso do vermífugo e a vacina. Fêmeas prenhes ou em lactação podem ser vacinadas, mas devem ser manuseadas com cuidado para evitar traumas ou estresse.

Se o tutor do animal não estiver em casa, a equipe do CCZ deixará um comunicado para levar o pet ao local, para a aplicação da vacina antirrábica.

O horário de funcionamento é das 7h às 21h, de segunda a sexta. Já nos sábados, domingos e feriados o horário de atendimento é das 6h às 22h.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Jovem vítima de acidente morre após ficar internado dois dias em UTI

Semana do Registre-se tem mais de 3 mil atendimentos em Campo Grande

Isaquias Queiroz e Gabriel Nascimento vão à final em Copa do Mundo

interdições em Campo Grande

Agetran informa trechos de interdições programadas para este sábado e domingo

Notícias mais lidas agora

Empresa ligada a Neno desiste e Justiça enterra pedido para anular licitação da loteria de MS

Justiça vai ouvir empresários de tecnologia em ação que pede fim do contrato de R$ 59 milhões do Sigo

onça s: Saul Schramm/Secom

Nem zoológico, nem Bioparque: onça que matou caseiro vai para instituto de São Paulo

Prefeitura publica edital de processo seletivo com 375 vagas para professores da Reme

Últimas Notícias

Charge

Vamos vacinar!

Brasil

Pesquisa mostra que faltam equipes completas 24 horas em maternidades

A ausência de profissionais especializados é ainda maior nas unidades de pequeno porte

Trânsito

VÍDEO: ônibus transita normalmente com porta danificada aberta

Coletivo linha 515 - (Damha 1 / T. Hércules Maymone)

Brasil

Anatel e Ancine vão atuar para combater pirataria de filmes e séries

As duas agências deverão intensificar a fiscalização e o bloqueio de plataformas piratas