Rosely Correia Lima de Oliveira corre contra o tempo para conseguir arcar com despesas de mensalidades em atraso do curso de biomedicina, com prazo até esta sexta-feira (15). A estudante do 6º semestre, da Unigran, tem uma dívida de R$ 5 mil e pode perder a bolsa do Vale Universidade, que conseguiu neste ano.

Desempregada, a pouca renda que tem serve para custear o aluguel, alimentação e criação das filhas, de 14 e 17 anos. Morando no bairro Taquarussu, ela conta que concilia o estágio e a faculdade, restando poucas horas e dias para fazer “bicos” como diarista.

“Em 2021 iniciei e me inscrevi no programa Vale Universidade para ganhar a bolsa, eu trabalhava de diarista para pagar e chegou um momento que começou acumular as mensalidades. Após conseguir o vale, [não pude] quitar a dívida anterior, já paguei uma boa parte, mas resta R$ 5 mil. Corro o risco de perder a bolsa, pois tenho que regularizar com a faculdade, eles não aceitam matricular com dívida pendente, mesmo sendo beneficiaria de um programa do governo onde recebem o repasse de 90% da mensalidade”.

Natural de Cassilândia, Rosely veio para Capital há sete anos, e ainda tenta se estabilizar. Foram idas e vindas até a universidade na tentativa de regularizar o débito, entretanto, pode perder a vaga pelo programa estadual faltando apenas dois semestres para concluir o ensino.

“O estágio é 20 horas semanais, tenho que estagiar quatro horas diárias, eu não consigo trabalho, faço o estágio do Vale Universidade no período da tarde. Devido às lutas financeiras, pensei até em desistir da faculdade porque sendo mãe é muito difícil quando nossos filhos passam toda luta junto. Fui contemplada com o aluguel social da prefeitura, porém ainda não entrou em vigor”.

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