A vacinação tem o importante objetivo de fortalecer o sistema imunológico, uma vez que estimula a produção de anticorpos que combatem os agentes infecciosos e evitam a contaminação por vírus e bactérias. Dessa forma, o PNI (Programa Nacional de Imunização do Brasil) disponibiliza vacinas na rotina de imunização cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos. Porém, autoridades de saúde têm percebido queda na cobertura vacinal nos últimos anos. Em , a vacinação contra poliomielite ficou 16,73% abaixo da meta em 2022.

Conforme informações da (Secretaria Municipal de Saúde), a Capital tem percebido queda na cobertura de vacinação nos últimos anos e acontece em todos os municípios do país. “Principalmente em crianças menores de um ano de idade, grupo em que há a recomendação do Ministério da Saúde para acompanhamento intenso”.

No caso da Vacina Inativa (VIP), para poliomielite, dados dos últimos seis anos mostram que a cobertura sempre fica abaixo da meta de 95%, mas as menores taxas foram registradas em 2021 e 2022, quando apenas 78,27% do público se vacinou, taxa que está 16,73% abaixo da meta de vacinação. Além disso, dentre as vacinas de 2022, foi a que mais registrou defasagem.

Em 2017, 12.207 doses da Vacina Inativa (VIP) foram aplicadas. Desde então, município tem sentido dificuldade em manter a média. Em 2022, número caiu para 10.640.

Apenas duas atingiram a média

Outras vacinas altamente recomendadas também ficaram abaixo da expectativa. Conforme a Sesau, apenas a BCG (105,71%) e Tríplice Viral (97,71%) conseguiram superar a meta de 95% no ano anterior. Mesmo nesses casos, houve diminuição no número de doses aplicadas entre 2017 e 2022. Em 2017, 16.599 doses da BCG foram aplicadas. Em 2021, foram 14.225. Em 2022, número caiu para 13.769.

Fenômeno também foi percebido na vacina de Tríplice Viral. Enquanto em 2017 foram aplicadas 14.283 doses, número caiu para 12.727 em 2022.

Histórico de cobertura vacinal
Doses de vacinas aplicadas em Campo Grande (Tabela: Divulgação/Sesau)

Seis vacinas abaixo da meta

Ainda conforme os dados da Sesau, das oito vacinas com o histórico de vacinação divulgado, seis delas não atingiram a meta em 2022. São elas: VIP (78,27% de 95%), Rotavírus (89,17% de 90%), Febre Amarela (80% de 100%), Pneumo 10 (89,04% de 95%), Menigo.C (88,57% de 95%), Pentavalente (79,53% de 95%).

Confira:

Histórico de cobertura vacinal 1
Histórico de cobertura vacinal (Tabela: Divulgação/Sesau)

O calendário completo de vacinação para crianças ocorrido em 2022 está abaixo.

Covid-19

A secretaria ainda informa que há dois anos, desde o início da campanha de vacinação contra a , busca facilitar o acesso aos imunobiológicos através da abertura de unidades de saúde aos finais de semana e feriados, além de ações pontuais extramuros e de buscas ativas a pessoas que estejam com seus calendários desatualizados. 

“Atualmente são três unidades de saúde com plantões fixos aos sábados e feriados, sendo elas a UBS 26 de Agosto, UBS Dona Neta e USF Moreninhas”, informa, em nota, a Sesau.

Assim, crianças de 3 a 11 anos de idade podem ser vacinadas contra a Covid-19 nos 17 locais referenciados de Campo Grande.

Vacinação no Brasil

O PNI (Programa Nacional de Imunizações) foi criado em 1973 pelo Ministério da Saúde para coordenar ações de imunização no país. Em 1975, foi institucionalizado o PNI, que passou a coordenar as atividades de imunização desenvolvidas rotineiramente na rede de serviços.

Assim, conforme o Governo Federal, o objetivo principal do Programa é oferecer todas as vacinas com qualidade às crianças que nascem anualmente no Brasil, tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os municípios e em todos os bairros.

O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da Unicef e contribuições do Rotary Internacional e do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).