Ainda sob o impasse de possível greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande, o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano) aguarda resposta do Consórcio Guaicurus para definir sobre paralisação. O prazo para manifestação da empresa termina na terça-feira (17).

Segundo o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, ainda não receberam retorno das tratativas discutidas na reunião que aconteceu no fim de dezembro, mas já previam, pois o prazo ainda está válido. “Até agora sem nenhuma definição”, disse.

Com isso, o indicativo de greve deve ser decidido na quarta-feira (18).

A assessoria de comunicação do consórcio adiantou que também aguarda convite da prefeitura para discutir o reajuste da tarifa. “Sem essa definição, não há como nem falar em reajustar salários”, informou.

Reajuste

Desde o ano passado, a categoria discute com a empresa e o poder público sobre o reajuste de 16%, entretanto, os empresários pontuaram o limite de 6,4%. Sem acordo, os motoristas sinalizaram a paralisação no dia 22 de dezembro, quando houve a formalização do acordo de que reajuste salarial com os trabalhadores passa pela definição da prefeitura a respeito do reajuste tarifário.

Já no dia 27 de dezembro, em nova reunião, a empresa propôs novamente a porcentagem, rejeitada pela categoria. Um novo encontro foi marcado para o dia 29 de dezembro, mas adiado após pedido do Consórcio.

Por sua vez, o Consórcio Guaicurus pede aumento da passagem do transporte público de R$ 4,40 para R$ 8. De acordo com o diretor-executivo do consórcio, Robson Strengari, o novo preço considera diversos fatores, como a alta do combustível e INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).

“O estudo ainda não foi concluído e a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) que decide, mas o reajuste chega em torno de R$ 8. Ainda temos nesse mês a negociação de reajuste salarial de funcionários, temos assuntos em andamento para mudanças”, afirma.