A comerciante Katia Franco, de 49 anos, precisou quase que implorar para a filha de 19 anos ser atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas, na tarde desta quarta-feira (5), em .

Mãe e filha chegaram no local às 11h30 pois a jovem estava com muitas dores e vomitando sangue. “Já era 13h20 e ela não tinha passado nem pela triagem. Fui na recepção e aí que chamaram ela para a triagem”, conta Katia ao Jornal Midiamax.

“Na hora que eu entrei lá no saguão de espera estava lotado. O pessoal estava todo reclamando.
Teve gente que chegou lá 11 horas da manhã e não tinha sido atendido ainda e gente que chegou antes das 11h, que fizeram a fichinha, só que o médico da manhã não atendeu todo mundo”, relata.

“Implorei”

Após a triagem, Katia e a filha esperaram por cerca de 40 minutos, quando as dores voltaram a aumentar. “Eu fui lá na recepção e implorei para a moça. Falei: ‘moça, minha filha está muito mal e eu não sei o que fazer. Ela está quase desmaiando de dor ali'”, diz.

A paciente passou por uma nova triagem e foi pedido que ela continuasse aguardando no saguão. Katia então questionou em que lugar a filha estava na espera e também explicou que a jovem estava com muita dor.

“A moça da recepção explicou lá que a minha filha estava com muita dor e fez a gentileza de passar ela para frente, aí ela foi atendida umas 14 horas”, revela Katia à reportagem. “Tem gente que ficou lá com muita dor e lá está lotado. Muita gente com muita dor e esperando dar o horário e ser atendido”, complementa.

Questionada, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) admitiu uma alta demanda na UPA, mas que os pacientes estavam sendo atendidos dentro do tempo protocolar, que é de 4h para casos de menor gravidade.