Vivendo epidemia de dengue, Campo Grande não recebe inseticida para fumacê desde 2022

Insumo só deve chegar ao Estado em maio, após falta de repasse do Ministério da Saúde desde o fim do ano passado

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Fumacê, ilustrativa (Foto: Divulgação / Prefeitura de Campo Grande)

O último boletim da dengue em Mato Grosso do Sul trouxe alta de 14,32% nos casos confirmados da doença, que também matou 16 pessoas em 2023. Inclusive, Campo Grande já sinalizou que enfrenta uma epidemia do Aedes Aegypti.

Enquanto enfrenta a epidemia de dengue, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) também lida com a falta do inseticida Cielo UVL, o fumacê. Conforme a pasta, o Ministério da Saúde não faz o repasse desde o final do ano passado.

Por conta disso, os trabalhos com o inseticida se dão apenas com bombas costais, pois o município está na “reserva técnico”. A falta de insumos atinge todo o país.

Mortes em investigação

Seis óbitos estão em investigação, porém não foram confirmadas novas mortes, o que deixa o Estado com 16 vítimas fatais desde o início do ano. A letalidade da doença chega a 0,11%, a mesma taxa de 2022. As informações são do Boletim Epidemiológico da Dengue, publicado pela SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), na terça-feira (18). 

Sobre a distribuição do inseticida utilizado no fumacê, o coordenador estadual de Controle de Vetores da SES, Mauro Lucio Rosa, disse que a pasta ministerial informou que a previsão de entrega do insumo será em maio.

“[…] mas até que chegue aos municípios vai mais um tempo. Estamos ansiosos por conta da falta do insumo, mas precisamos entender que o inseticida é paliativo, não elimina ovos, larvas e nem pupas. Só elimina o mosquito se impregnar todo o corpo dele. A melhor ferramenta é o manejo ambiental, não devemos deixar o mosquito nasce”, disse ele, em reunião com secretários de saúde, nesta semana.

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