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Cotidiano

Com doença controlada, MS registrou apenas um caso de varíola dos macacos em 2023

Estado soma 161 casos já confirmados em 15 cidades
Clayton Neves - Publicado em
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Criança com feridas de varíola dos macacos. (Foto: Ilustrativa / Agência Brasil)

Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) comprovam que a Mpox, popularmente chamada de varíola dos macacos, está controlada em Mato Grosso do Sul. Conforme balanço da Secretaria, em 2023 apenas um caso foi confirmado no Estado, que contabiliza 161 casos no total. 

O último diagnóstico positivo foi no dia 22 de janeiro, quando um homem, de 33 anos, testou positivo em Campo Grande. No mês anterior, não foram identificados casos da doença.

“Hoje, nós temos uma característica de queda de Mpox no Estado. Há o registro de queda drástica dos casos positivos e isto é muito importante porque mostra que o Estado está fazendo o seu trabalho, mostra que as ações de prevenção e controle da doença estão sendo realizadas de forma consciente tanto pela população quanto pelas equipes de Vigilância do Estado e dos municípios”, comentou a responsável técnica da Saúde Única da SES, Danila Frias.

Analisando gráficos é possível notar que a tendência de queda se apresenta desde outubro de 2022, tanto na análise dos casos suspeitos quanto na dos confirmados. Em setembro, foram 182 notificações para 63 confirmações, no mês seguinte 125 para 24, novembro teve 54 notificações e quatro testes confirmados e, finalizando 2022, dezembro teve 26 suspeitas e nenhuma confirmação. 

Campo Grande lidera o ranking com o maior número de casos, 121 ao todo. Na sequência, aparecem os municípios de Dourados (16), Três Lagoas (5), Aquidauana (4), Ponta Porã (3), Costa Rica (2), Maracaju (2) e Aparecida do Taboado, Bonito, Chapadão do Sul, Itaquiraí, Jardim, Miranda, Paranaíba e Sidrolândia com um caso cada uma. 

De zero a 70 anos 

Entre os sul-mato-grossenses que tiveram a Mpox, destaca-se a faixa etária que abrange todos os grupos. Na lista, sete crianças de até 11 anos, entre elas, um bebê com menos de um ano de idade. Na outra ponta, quatro idosos, o mais velho com 73 anos.

Dos testes positivos, 88% foram homens e apenas 12% mulheres. A forma de contágio mais relatada foi por relação sexual (88%), desconhecida (30,1%) e pessoa a pessoa, excluindo contato sexual (4,2%).

Sobre a Mpox

A Mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox virus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, geralmente autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação do vírus é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. A manifestação típica é composta por manchas vermelhas, precedidas ou não de febre de início súbito e inchaço dos gânglios. Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados, tais como toalhas e roupas de cama. Também pode ocorrer por meio de gotículas que geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme. Em caso suspeito da doença, é necessário realizar o isolamento imediato do indivíduo e coletar amostras clínicas em uma unidade de saúde. O rastreamento e monitoramento dos contatos dos casos suspeitos deverão ser realizados por no mínimo 21 dias.

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