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Cotidiano

Com 165 conflitos em MS, campanha contra Violência no Campo é lançada na próxima semana

Dados serão divulgados no dia do evento
Dândara Genelhú - Publicado em
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campo
Indígenas ocupam fazenda em Rio Brilhante. (Foto: Divulgação CIMI)

No ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 165 conflitos no campo. Assim, pastorais e movimentos sociais lançam a Campanha contra Violência no Campo na segunda-feira (8).

O lançamento acontece às 18h, no Armazém do Campo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em Campo Grande (MS). Além disso, será divulgada a publicação “Conflitos no Campo Brasil”, com dados sobre o assunto.

Os mais de 160 conflitos em MS atingiram cerca de 40 mil pessoas. Em 2022, O Estado teve seis assassinatos de pessoas dos povos Guarani e Kaiowá durante esses conflitos. Logo, o número coloca MS no 3º estado brasileiro que mais registrou mortes em decorrência de conflitos no campo.

O agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Roberto Carlos de Oliveira, destacou os desafios enfrentados pelos indígenas do Estado. “Há mais de 40 anos o trabalho de registro do Centro de Documentação da CPT joga luzes para o cenário de violência e impunidade que as populações camponesas e povos originários sofrem em nosso país”, disse.

Assim, afirmou que “os povos indígenas estão enfrentando em nosso estado é um verdadeiro genocídio”. A campanha de combate à violência no campo foi lançada a nível nacional em agosto de 2022.

Então, chega ao MS com intenção de ação coletiva de enfrentamento às violências e aos conflitos que sofrem as populações camponesas. Além de ações e políticas de proteção das comunidades tradicionais, dos povos originários, dos campesinatos, das florestas e das águas.

Evento de lançamento

A Comissão é responsável pelo evento, junto do MST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

Por fim, vale destacar que o lançamento é aberto ao público. Haverão mesas de debate com a participação de representantes dos povos camponeses e indígenas, depoimentos dos movimentos e pastorais sociais. Enquanto isso, haverá apresentação dos dados da publicação, disponível gratuitamente no site da CPT.

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