Clientes e comerciantes lamentam atraso de abertura do Camelódromo após batida da PF: ‘ficamos com fama’
Centro comercial abriu 30 minutos mais tarde após operação da Polícia Federal
Karina Campos, Thalya Godoy –
A fiscalização da Polícia Federal no Centro Comercial Popular Marcelo Barbosa da Fonseca, conhecido como Camelódromo, atrasou em meia hora o horário de abertura do espaço, levando à indignação de comerciantes e clientes. A previsão é que o local abra às 9h30.
Um casal de idosos de 68 e 72 anos, que não quis se identificar, conta que veio do bairro Guanandi para comprar uma armação de óculos. Os dois chegaram às 7h e ficaram andando pelo centro até a abertura do camelódromo.
“A gente não sabia que as coisas abrem tarde, ficamos com medo de chegar tarde e estar cheio. Não sabemos o que está acontecendo, mas vamos esperar”, eles contaram.
A chateação não é diferente do lado dos comerciantes. Nenhum quis se identificar, mas a maioria ficou chateada pelo atraso na abertura do centro comercial.
Uma contou que assim eles acabam pagando para trabalhar e que, mesmo que paguem uma mensalidade mais barata em comparação a outros aluguéis do centro, o custo de manutenção não é baixo.
“A gente tem ainda que tirar uma renda para pagar todo custo para trabalhar. O comerciante sofre com isso, ninguém nunca vê nosso lado”, ela afirma.
Outra comerciante lamenta que a fiscalização foi realizada próximo ao quinto dia útil, quando boa parte da população recebe, o que acaba prejudicando as vendas. “Por mais que abra trinta minutos depois, a gente fica com essa fama de uma batida policial”, conta.
A fiscalização da Polícia Federal começou antes das 7h. De acordo com Narciso Soares, da administração do centro comercial, o camelódromo tem respeitado a fiscalização e os mandados de busca e apreensão.
Um box teria sido fiscalizado e a mercadoria de equipamentos eletrônicos apreendida. Contudo, ainda não sabe a quantidade de produtos apreendidos.
A passarela lateral do espaço foi bloqueada, o que impediu o acesso ao estacionamento do centro comercial ao lado. Um funcionário contou que isso prejudica o movimento, já que cerca de 90% dos clientes são do camelódromo.
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