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Cotidiano

Grupo de ciclistas faz ato no Centro e pede campanhas de conscientização no trânsito

“Bikeata” saiu da Praça Ary Coelho e se concentrou em frente à Prefeitura
Ari Theodoro -
Nathalia Alcântara, Midiamax

Centenas de ciclistas realizaram uma “Bikeata”, no centro de , na tarde deste sábado (11). O objetivo dos participantes é chamar a atenção das autoridades para cobrar melhorias na mobilidade urbana e no trânsito da cidade, e mais campanhas de conscientização. Apesar do sol forte, por volta das 14h30, com temperatura na casa dos 38 graus, com sensação térmica de 41, a expectativa era reunir cerca de mil ciclistas.

A concentração foi em frente à , eles seguiram por ruas, como: 14 de Julho e 13 de Maio e depois retornaram à Avenida Afonso Pena, para se concentrarem em frente à Prefeitura. “Queremos ser atendidos por um representante do município, se não for hoje, nos próximos dias, para apresentarmos nossas reivindicações. Precisamos não somente de mais ciclovias ou ciclo-faixas, mas de mais segurança para os ciclistas, seja pra quem usa a bicicleta como lazer ou para trabalho”, falou Martinha Macedo, que é servidora pública e uma das organizadoras da “Bikeata”.

Entre os motivos do movimento, estão as três mortes registradas até agosto deste ano. Outra cobrança dos ciclistas é para que haja também mais investimentos em campanhas de educação e conscientização da sociedade de uma forma geral, pois muitas famílias usam a bike para ir ao trabalho e para levar os filhos à escola também. “A gente lembra que a população quase não usava cinto de segurança. Depois de muitas campanhas, as pessoas agora usam o cinto, e o número de mortes com acidentes de carro diminui bastante, por isso, é necessário investir em campanhas assim”, comentou Martinha.

Muitos integrantes de diferentes grupos de ciclistas participaram do movimento, entre eles, Alessandro Garaffa. O motorista, que pedala há muito tempo, faz parte do grupo de ciclistas de alta performance “Só pra Quem Pedala”. Ele também pede mais investimentos para garantir a segurança de quem tem a bicicleta como meio de lazer, ou trabalho. “Precisamos de mais respeito aos ciclistas, tornar uma cidade mais inclusiva e chamar atenção de todos para os ciclistas da nossa cidade”, disse Alessandro.

Mascote da “Bikeata”

Uma pequena ‘figura’ chamou atenção dos ciclistas e de quem estava ali no centro da capital. Com capacete, óculos escuro, roupa de ciclista, Bernardo Cavalari, de apenas dois anos, fez sucesso com o visual ‘fashion’ e sua bike de equilíbrio. O pai dele, Paulo Henrique e o tio, Edinaldo Cavalari, estavam pedalando na “Bikeata” enquanto falamos com o avô do menino. “Ele sempre vai nos eventos com a gente, nós incentivamos ele a praticar esportes desde cedo, é muito bom pra ele e pra toda família”, comentou Otalino Cavalari.

Outras reivindicações

“O movimento de alerta e reivindicação para o município é sobre a situação das ciclovias, ciclofaixas, iluminação, segurança, tudo que diz respeito à mobilidade e a inclusão real do ciclista. Têm acontecido muitas coisas desfavoráveis e temos exemplos de cidades que, através da mobilização dos ciclistas, têm mudado o quadro”, afirmou um dos organizadores do evento, Claudio Ribas, o “Leco”.

Ele elenca, ainda, sete itens para melhoria do ciclismo em Campo Grande:

  • 1 – Melhoria, integração e ampliação das ciclovias;
  • 2 – Melhoria e ampliação da sinalização sobre proteção aos ciclistas;
  • 3 – Campanhas permanentes de conscientização de proteção aos ciclistas junto aos motoristas;
  • 4 – Criação de um “fórum permanente de ciclistas”, junto à prefeitura, para levar pautas necessárias;
  • 5 – Apoio ao esporte, tanto de base, quanto de competição;
  • 6 – Trabalho junto às autoescolas para possuírem banners sobre proteção aos ciclistas e que desenvolvam outras atividades;
  • 7 – abertura de espaços públicos nos parques municipais para ciclismo, com apoio na manutenção das pistas existentes.

Número de acidentes envolvendo ciclistas

Dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) revelam que, em 2023, o atendeu 597 ocorrências envolvendo bicicletas, o que abrange quedas, colisões e atropelamentos. Em 2022, durante o ano inteiro, foram registradas 751 ocorrências semelhantes.

Em sete meses e meio, o número de ocorrências com ciclistas em Campo Grande corresponde a 80% do total registrado no ano anterior. Isso evidencia um problema já enraizado: a cidade não proporciona um ambiente seguro para os ciclistas.

Um ponto importante a ressaltar é que Campo Grande possui a segunda maior concentração de bicicletas entre as capitais, enquanto Mato Grosso do Sul lidera em proporção de bicicletas por habitante entre os estados, com uma taxa de 26 veículos para cada 100 habitantes.

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