Chuva pode trazer frio de até 2°C em Dourados na próxima semana, com possibilidades de geada

Considerado geralmente como o mês mais frio do ano em Dourados, julho segue atípico nos próximos dias. Entretanto, a temperatura deve cair na maior cidade do interior, conforme previsão dos institutos meteorológicos e com a chegada da chuva, que deve ser pouca, pode atingir 2°C, com possibilidade até de geada.

Levantamento feito pelo Guia Clima da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) mostra que o cenário climático para próxima semana deve mudar. A diminuição deve iniciar na quinta-feira (13), com previsão de 4°C graus e pode chegar a 2°C.

“É preciso alguma cautela na análise dessas previsões. Previsões com mais de 5 dias perdem a precisão. Essa previsão de 2 graus para 14 de julho precisa ser acompanhada. De qualquer forma, a previsão é de pouca chuva e risco de geada”, explica o agrometeorologista da Embrapa Ricardo Fietz, à reportagem do Midiamax.

Coincidentemente a data da última chuva registrada na cidade, que aconteceu no dia 14 de junho. “Há previsão de chuva para a quinta-feira da semana que vem. Com isso deve haver uma diminuição na temperatura”, comenta Fietz.

Se por um lado a previsão de chuva pode brigar os douradenses a retirarem os casacos do armário, a boa notícia é as águas darão uma trégua nas baixas umidades que já oscilam entre 40 e 30%, podem até chegar a 20. Esses números conforme recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) podem provocar doenças respiratórias.

Mês mais frio do ano

No entendimento do pesquisador da Embrapa, a tendência é que os termômetros se movimentem para baixo, já que existe uma possibilidade de queda maior na temperatura a partir de quinta-feira (13), com as menores temperaturas na sexta-feira (14), conforme indicam os modelos de previsões.

Alguns indicadores mostram valores entre 5°C e 8°C – principalmente na região sul do Estado. Porém, outros modelos de previsão do tempo, segundo o Cemtec, indicam mínimas entre 3°C e 4°C. Em Campo Grande, a temperatura mínima deverá ficar próxima aos 7°C e 8°C.

“Outro aspecto importante e que a população precisa ficar alerta é que julho é o nosso mês mais frio do ano. A entrada de frentes frias nesse período é muito comum. Além disso, é também o mês mais seco. A tendência é que realmente esfrie”, explica Fietz.

Mesmo com previsões de diminuição na temperatura, o recorde de frio na cidade segue sem ser batido há 23 anos. Nas mais de quatro décadas de monitoramento climático no município, o frio mais intenso ocorreu em 17 de julho de 2000, quando os termômetros marcaram -1,9°C.

“Esse realmente foi um dia que a cidade ficou praticamente congelada. Geou em vários bairros e isso trouxe grandes transtornos para a população. O prejuízo para os produtores rurais também foi grande”, lembra o jornalista Vander Verão.