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Cotidiano

Castração é saída para impedir aumento de animais abandonados em Mato Grosso do Sul

Dia Mundial dos Animais de Rua é celebrado nesta terça-feira
Thalya Godoy -
cão
Cachorro abandonado em Campo Grande. (Foto: Henrique Arakaki/ Jornal Midiamax)

O abandono de um animal é um ato cruel e degradante, conforme previsto pela Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da ONU (Organização das Nações Unidas), de 1978. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil tem 30 milhões de animais de rua, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. 

Nesta terça-feira, 4 de abril, é celebrado o Dia Mundial dos Animais de Rua, data que alerta para conscientização da população sobre o tema. Levantamento realizado em 2019, pelo IPB (Instituto Pet Brasil) apontava em terceiro lugar com menos animais abandonados, ou seja, sem um tutor definido e sob a proteção de alguma ONG. 

O Midiamax solicitou à Prefeitura de a estimativa sobre a população de animais de rua da Capital, mas não obteve resposta.

Para a médica veterinária, advogada e presidente da ONG Abrigo dos Bichos, Maria Lúcia Costa Metello, o abandono de animais nas ruas e os maus-tratos cometidos pelos próprios tutores dentro das casas, é reflexo da falta de políticas públicas e, especialmente, e punição das leis protetivas já existentes.

Feiras de adoções são locais de oportunidades para dar novo lar para animais abandonados. (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

“A castração é a palavra-chave e de suprema importância para reduzir a população de rua e diminuir o risco de zoonoses”, opina a médica veterinária. 

Segundo a Lei nº 9.605/1998, a pena para quem comete maus-tratos contra cães e gatos varia de dois a cinco anos de reclusão. 

De acordo com Maria Lúcia Metello, o abandono de animais é mais frequente nas periferias, especialmente devido à falta de assistência ao pet pela condição financeira dos tutores.

“Há um descaso do poder público em providenciar um SUS Animal assim como têm os humanos”, ela avalia.

A ativista da causa animal ainda aponta que observa aumento de casos de maus-tratos e que a população tem se conscientizado nos últimos anos. 

“As maiores dificuldades que a ONG enfrenta hoje em dia é a falta de apoio do poder público, apesar de assumir suas funções impostas em nossa Constituição Federal, que é zelar por aqueles que não verbalizam. Pior, assumindo todos os gastos com ração, castração, vacinas, atendimento veterinário, a exemplo do que ocorre até os dias de hoje com os cães do caso da MS-040, sem o poder público, tanto nas esferas municipal e estadual, contribuir com um único centavo”, a advogada. 

Brasil tem 10 milhões de gatos em situação de rua. (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Doações

A ONG Abrigo dos Bichos realiza atendimentos diários em clínicas veterinárias e segue a política mundial do desabrigamento e adoção de políticas públicas para os animais, focando na conscientização do poder público. 

Os animais socorridos, após reabilitação em clínica, são encaminhados para Lares Temporários, onde ficam até serem efetivamente adotados. 

“Acreditamos que os animais devam viver felizes no seio de uma família que deles bem cuide com o amor e o carinho que merecem”, explica a presidente. 

Quem quiser doar para a ONG Abrigo dos Bichos pode contribuir via depósito em conta: 

  • Banco do Brasil 
  • Ag. 5783-5 
  • Cc. 41599-5 
  • PIX CNPJ 05.108.286/0001-47

Casos de abandono 

No último sábado (1º), o Midiamax mostrou que uma mulher foi flagrada abandonando uma caixa com quatro filhotes de gatos, em . Os animais eram tão novos que os olhos ainda estavam fechados.

Em janeiro deste ano, um cachorro machucado foi encontrado em uma estrada vicinal em Campo Grande. 

Em outubro do ano passado, uma protetora de animais da ONG Pedacinho do Céu teve 19 filhotes abandonados no portão de casa. Criminosos descobrem endereço para se aproveitar das condições de afeto e manutenção de abrigos.

Onde conseguir castração?

Em Campo Grande, a Prefeitura oferece a UBEA (Unidade de Bem-Estar Animal) que realiza atendimento médico veterinário para animais de tutores em vulnerabilidade social, com registro no CadÚnico.

No local, são feitos atendimentos médico-veterinários iniciais como exame clínico, microchipagem, vacinação antirrábica, vermifugação, controle antiparasitário e prescrição médico-veterinária.

Subea/Ubea

  • Endereço: Rua Rui Barbosa, 3538 – Centro.
  • Horário de funcionamento: Administrativo: 7h30 às 11h e das 13h às 17h30
  • Atendimentos clínicos: 8h às 10h30 e das 13h30 às 16h30.
  • Informações: 2020-1397

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