Casos de dengue em 2022 mais que dobraram em Mato Grosso do Sul
Último boletim epidemiológico com informações de 2022 mostra crescimento da doença em MS
Mariane Chianezi –
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Mato Grosso do Sul registrou um crescimento nos casos de dengue em 2022 depois de redução de casos e também de óbitos em 2021. No ano passado, os casos prováveis da doença mais que dobraram em MS, chegando a ter alta de 170%.
Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), a Semana Epidemiológica 52 , último documento com informações da doença em 2022, fechou com 27.111 casos prováveis, enquanto em 2021, foram 10.037 casos.
MS ficou em 9° em ranking de estados do país com maiores incidências da dengue, sendo 965 de incidência, que é calculada com os números absolutos de casos prováveis divididos pela população residente de cada município vezes 100.000 habitantes.
Apesar do crescimento no número, o ano de 2022 ainda foi considerado baixo nos números de casos prováveis quando comparado a 2019 e 2020, quando MS enfrentou epidemia de dengue, com mais de 65 mil e 52 mil casos respectivamente.
Alta incidência de dengue
O número de mortes por dengue em 2022 também superou o registrado em 2021. Faleceram 23 pessoas por dengue no ano passado, enquanto em 2021 foram 14. A última morte registrada foi a de um idoso de 82 anos, residente de Porto Murtinho, que faleceu em 29 de novembro e teve seu óbito confirmado em 12 de dezembro. Ele era diagnosticado com diabetes e hipertensão arterial.
De acordo com o boletim, os casos se concentraram em Campo Grande, quando foram registrados 8.108 casos. Para se ter uma noção da disparada de contaminados pela dengue na Capital, a segunda cidade com mais casos foi Três Lagoas, com 984 casos.
Ao todo, 60 municípios em MS fecharam a semana epidemiológica 52 com incidência alta, 15 com incidência média e apenas 4 com baixa incidência, sendo Aral Moreira, Selvíria, Alcinópolis e Bela Vista.
Sintomas da dengue
A dengue é uma doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. Fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias.
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