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Cotidiano

Bullying pode alterar comportamento e família é suporte principal para crianças, diz psicóloga

Profissional dá dicas de como identificar comportamentos incomuns em crianças e adolescentes
Clayton Neves -
(Foto: Freepik/Ilustrativa)

Com episódios de violência que se repetem no ambiente escolar e se propagam Brasil afora, especialistas reforçam, mais uma vez, a importância da participação dos pais no dia a dia dos filhos, especialmente na rotina dentro das escolas. Na fase da adolescência, com ‘bombardeio’ de informações e maturidade ainda em construção, é fundamental entender sobre o comportamento e contexto em que os filhos estão inseridos.

“O impacto é muito grande na vida dos adolescentes durante o período escolar, afinal, eles passam parte muito grande do tempo na escola, às vezes, mais que na própria casa para quem estuda em período integral”, explica a psicóloga Emília Luna.

Especialista no atendimento de crianças e adolescentes, a profissional com formação em neurociência destaca que a convivência em grupos é inerente à necessidade humana, no entanto, no período da adolescência esse sentimento é intensificado. “Por isso eles criam tribos, andam iguais, com as mesmas e é na escola o lugar onde isso acontece”, detalha. 

Nesse contexto, a psicóloga alerta ser fundamental que pais se informem sobre o lugar onde os filhos convivem, com quem dividem o ambiente e com quais pessoas cultivam amizade. 

Pertencimento e agressividade 

Na época em que todos querem se integrar, deixar de fazer parte das tribos sociais tem seus efeitos negativos para adolescentes no ambiente escolar. “Não se sentir pertencente causa muitos sentimentos negativos e afeta a autoestima. Não se sentir aceito pode gerar agressividade alta e ser demostrada de forma muito negativa”.

Mais uma vez, Emília pontua a necessidade da família observar e estar presente na vida de crianças e adolescentes. Para isso, a especialista pontua dicas importantes.

“A primeira coisa a se observar são as alterações bruscas de comportamento. Não é natural que crianças e adolescentes que eram tranquilos, conversavam, interagiam e eram mais sociáveis, se isolem do nada. Ou aquelas que sempre eram tranquilas na vida escolar e rendiam nos estudos, de repente começam a tirar notas baixas e deixam de evoluir no aprendizado”, afirma. 

Alterações comportamentais podem ainda se manifestar de maneiras sutis, trazendo mais uma vez à tona a importância do olhar da família. “É fundamental observação e estar presente na vida do filho, mesmo que seja adolescente. Nessa fase, alguns ficam mais retraídos, mas é possível participar sem invadir. Muitos pensam que adolescentes estão grandes e podem se virar, mas eles não são adultos, ainda precisam de cuidados e estão em desenvolvimento”, acrescenta Emília Luna. 

Conforme a SED (Secretaria de Estado de Educação), em escolas estaduais cumprem protocolo para identificar e agir com estudantes em vulnerabilidade. Se identificado comportamento que indique alerta, as direções são orientadas a acionar pais ou responsáveis para conversa.

Todo atendimento é registrado em ata e, em caso de situações graves, boletim de ocorrência é registrado e órgãos psicossociais acionados para atendimento.

Os pais também podem encontrar suporte nas escolas, acionando professores, coordenadores ou diretores. 

Caso Escola Baís

Na quinta-feira (18), caso de violência em uma escola de mobilizou entidades de segurança, educação e sociais. No início da tarde, adolescente de 15 anos esfaqueou advogada na Bernardo Franco Baís, onde havia estudado até o ano passado.

A mulher de 46 anos é mãe de um estudante, que chegou ao local para buscar o filho. A facada atingiu a região da lombar, sem ferimentos graves.

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