Bairros sofrem com falta de drenagem e água escorre pela rua mesmo após fim da chuva
Bairros Jardim Carioca e Nova Campo Grande sofrem constantemente com problemas de escoamento de água
Thalya Godoy –
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Os moradores dos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca, em Campo Grande, sofrem constantemente com alagamentos quando chove devido aos problemas de drenagem da região, especialmente depois do início das obras de esgoto e asfalto que iniciaram em 2021 e que não foram finalizadas até hoje.
Imagens enviadas pelos leitores no Canal Fala Povo mostram que a água invadiu condomínios, estacionamentos e tomou as ruas com a chuva da última terça-feira (7). Moradores ficaram ilhados ou tiveram dificuldades para enfrentar a força da enxurrada, mesmo com o carro.
Uma moradora do condomínio Margarida, localizado na Rua Alium, no Jardim Carioca, que não quis se identificar, conta que faltam bocas de lobo para fazer a drenagem e que se surpreendeu com a força da chuva de ontem.
“Eles estão passando a rede de esgoto, mas ao invés de melhorar só piorou. Só diminuiu a poeira. Sempre quando chove o bairro fica muito alagado. É difícil transitar por causa da água que fica nas ruas, mas nunca tinha visto a água entrar no condomínio. Até hoje tá um barro, bem úmido”, afirmou a mulher.
Os problemas são tão recorrentes que todo começo de ano, época com mais frequência de chuva, ela se prepara para gastar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil com a manutenção do carro, entre pneus, amortecedores e suspensão, diante da precariedade das ruas com buracos escondidos ou que esfarelam com a água.
Ela mora no condomínio há oito anos e há quatro vive essa rotina na oficina mecânica. “A suspensão do meu carro tenho que sempre trocar porque a gente não vê o buraco, quando chove abre bastante buracos”, ela afirma.
Água não para de escorrer pelas ruas
No bairro Nova Campo Grande a história não é diferente. Mesmo depois que a chuva parou na terça-feira, ainda nesta quarta-feira a água tem escorrido pelo bairro em diversos pontos, como na Rua 65 com a Avenida 9, na Avenida 4 e Avenida Wilson Paes de Barros.
Imagens gravadas nesta manhã mostram água escorrendo pela Avenida 9, recortada por buracos no asfalto que formam grandes poças no pavimento.
“Vai embora, vai para dentro do bairro. Tem buracos na avenida que é uma linha de ônibus e dificulta muito o comércio local”, narra o morador do bairro, Willian Nascimento.
Além disso, quem mora na região aponta que outro agravante no escoamento de água vem de uma área de reserva do exército e da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), próximo ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. A água sai do espaço privado e desce as ruas do Nova Campo Grande até nesta quarta-feira, depois de horas que a chuva parou na região.
“Novamente, mais um ponto de água que vai descer a entrar na área da Avenida 4. Escorrendo e descendo para o interior do bairro, pertinho do portão deles [da área da Infraero]”, afirma o morador.
O que diz o poder público?
O Midiamax solicitou uma nota da Prefeitura Municipal de Campo Grande sobre os problemas de drenagem nos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca. Confira abaixo a resposta:
“É importante lembrar que as obras no Bairro Nova Campo Grande ainda estão em curso, com a implantação de pavimentação e drenagem e, no momento, estão sendo abertas as bocas de lobo para escoamento da água. Com as chuvas intensas ocorrem os alagamentos, entretanto a previsão é de que ainda neste semestre os trabalhos estejam concluídos nas vias atendidas.”
O Midiamax também solicitou notas do Exército Brasileiro e da Infraero sobre a água que desce da área privada e chega às ruas do Nova Campo Grande e aguarda resposta. O espaço continua aberto para manifestação.
Moradores colecionam ‘perrengues’
Na última terça-feira, uma forte chuva caiu sobre Campo Grande e castigou bairros que possuem dificuldades de drenagem, como o Nova Campo Grande e Jardim Carioca.
Na Avenida Nove, no Nova Campo Grande, a gerente de uma loja de roupas, Leila Careaga, conta que aprendeu a lição com a última chuva. “Para não perder material tivemos que improvisar um armário para estoque porque da última vez molhou todos os produtos novos, além de ter arrastado barro para dentro da loja”, comentou.
Já no Jardim Carioca, o dono de um supermercado, o empresário Getúlio Siqueira dos Santos, de 53 anos, até colocou uma caminhonete na calçada do estabelecimento para controlar a força da água. “Coloquei para não entrar água no supermercado”, comentou.
De acordo com ele, que mora na região desde 1996, a área sempre foi afetada pelas chuvas, realidade que os moradores pensaram que mudaria com a chegada do asfalto, no entanto, segundo ele, o problema persiste.
“Com o asfalto imaginávamos que o problema tinha sido resolvido, mas não. Agora as águas vêm com maior intensidade porque não há uma rede de escoamento suficiente. Nosso receio é de que o asfalto não dure muito tempo com toda essa água escorrendo por cima dele”, completa.
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