“A vida nunca mais foi a mesma”, é assim que Aline Adriana Fernandes Aguilera descreve o passar dos anos em que o irmão Arthur Fernandes Aguilera vivenciou acamado, após ser atropelado por um caminhão de coleta da Solurb, em 2017. Agora, quase sete anos depois, a dor de quase não ver os filhos crescerem é somada às dificuldades financeiras para custos de tratamento.

Na época, o motociclista sofreu traumatismo cranioencefálico, que causou uma série de sequelas. Atualmente, o rapaz de 40 anos precisa usar fraldas, se alimenta pela gastronomia de dieta enteral e tem necessidade de atendimento médico especializado.

“Meu irmão não fala, nível de consciência ficou comprometido com o acidente. Desde o acidente o Arthur mora comigo e com a minha mãe. Em 2020 veio a pandemia e cancelei o plano de saúde, reduzi os custos e mudamos em 2021 para meu apto, que é financiado. Hoje, em média, o custo varia de R$ 5 a 6 mil”.

Desde o acidente, segue na Justiça um processo contra a Solurb por danos e assistência médica, entretanto, o advogado que acompanha o caso, Douglas de Oliveira Santos, afirma que não houve nenhuma audiência de conciliação.

“Empresa não prestou qualquer auxílio até hoje, a família tem sofrido substancialmente ante a esse fato, o processo está na fase de ser feita uma perícia para identificar todas as sequelas do Arthur, que está totalmente incapaz. [A família pede] indenização por danos morais, danos materiais, os custos de tratamento, e lucros cessantes por pensão pela impossibilidade de trabalhar”, explica.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Solurb por e-mail, mas não houve retorno até a publicação deste material. O espaço segue aberto para posicionamento.

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Apartamento precisou ser adaptado para mobilizado (Arquivo pessoal)

Ajuda

A família se desdobra para arcar com os custos e despesas da casa. “Tanto eu como minha mãe paramos nossa vida para cuidar do Arthur. Quando eu trabalhava eu ainda conseguia pagar algumas despesas, mas com isso, devo cartão de crédito, banco, vendi meu carro, meu nome está com restrição. Priorizamos os cuidados com meu irmão, alguns insumos como dieta, fralda, equipo, frasco e seringas. Conseguimos, às vezes, pela Casa da Saúde ou pelo CEM, ou precisamos entrar pela Defensoria Pública. Medicação pegamos algumas pela rede pública, outras compramos”.

Uma vaquinha está sendo compartilhada pelos familiares para auxiliar nos custos. Na última internação, em abril deste ano, uma lesão sacral foi desenvolvida e precisou arcar com tratamento de estomaterapia e fonoaudiologia três vezes por semana.

Quem se solidarizar pode entrar em contato com o número (67) 99688-9352.