12h de quarta-feira, 31 de maio, em pé e com dores, Lohanna Chrystye, 24, grávida de 35 semanas, precisou esperar por mais de uma hora até conseguir atendimento médico na UPA (Unidade Pronto Atendimento) do bairro Universitário.

Preocupada com a filha, a mãe, Lindalva Lima, 49, a servidora pública estadual, decidiu procurar o setor de assistência social da UPA e foi informada que cinco médicos realizavam o atendimento, contudo ela relata ter observado apenas um médico no local.

“Minha filha está gestante de 35 semanas e estava passando muito mal com dor no pé da barriga e ficou horas em pé a espera de atendimento, fui falar com a assistente social e ela informou que eram cinco médicos atendendo mas questionei porque estava lá desde cedo e só tinha uma médica chamando os pacientes e pedi que fosse verificado”, relatou.

De acordo com a servidora, que chegou à UPA por volta do 12h, cerca de 50 pessoas, entre idosos, crianças e gestantes estavam à espera de atendimento em um corredor lotado. Muitos, segundo ela, estavam ali desde às 9h da manhã.

Lindalva Lima relata que a filha só foi atendida após ela ameaçar acionar a imprensa.

“É revoltante você ter que aguardar por horas, tinha pessoas esperando desde às 9 horas da manhã, a gente trabalha, paga nossos impostos e merece um atendimento de qualidade mas infelizmente não é o que acontece no sistema de saúde de Campo Grande”, lamentou.

Sesau diz que atendimento ocorreu dentro do tempo previsto

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu que o atendimento ocorreu dentro do tempo previsto e que o quadro clínico da unidade estava completo e todos os pacientes foram atendidos conforme o tempo protocolado.

“A paciente passou pela triagem e recebeu classificação verde. Houve troca de plantão, a médica entrou por volta de 12h10 e ela seria a segunda a ser atendida. A informação é de que o atendimento ocorreu por volta de 12h40. Ela passou pela avaliação e foi encaminhada para coleta de exame”, destaca a nota.