A chuva que atingiu Campo Grande nesta terça-feira (6) deixou os moradores do Jardim Nhanhá com casas tomadas pelas águas. Sem drenagem na Rua dos Andes, esquina com a Rua dos Peixes, até água do esgoto voltou pelo ralo do banheiro de casa.
O presidente do bairro, Erickson Roberto da Costa, 40 anos, é mecânico e disse à reportagem que todas as vezes que chove forte, a água da chuva acumula no final da rua e, sem ter para onde escoar, invade as casas e até o seu comércio.
“Na oficina, quando chove eu já deixo tudo para cima, porque sei que vai alagar. Colocamos canaletas, mas não adiantou, porque é grande o volume de chuva. Vem água de todos os lados do bairro e alaga. Sempre alagou, mas depois que colocaram o muro no terreno aqui, piorou”, disse.
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Dayana Mota Pereira, 34 anos, mora com as três filhas e nesta terça-feira a água da chuva voltou pelo ralo do banheiro com restos do esgoto. Ela comenta que não é a primeira vez que tem a casa danificada com água da chuva devido à falta de escoamento.
“Na chuva do ano passado a água invadiu a casa e perdi minha cômoda, guarda-roupa e um computador. As águas saem da boca de lobo e como aqui as bocas de lobo estão entupidas, começam a voltar e invade as casas. No meu banheiro e água voltou pelo ralo e pela pia, como a rede é conectada com o esgoto, voltou água do esgoto para casa”, comentou.
A reportagem esteve no local e constatou que o peso do volume de água foi tamanho que entortou o portão da moradora. “É triste, sou só eu e as crianças, trabalhamos todo dia para ter um conforto e uma chuva acaba com tudo”.
Marcia Aparecida, de 57 anos, mora há 40 anos no bairro. “Sempre teve essas enchentes aqui. Meu marido fez essas muretas e mudança no portão porque ela estava invadindo tudo. Não é fácil, você fica desesperado”, comentou.
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A reportagem procurou a Prefeitura Municipal, que enviou nota:
“A Sisep informa que esta região da cidade tem uma estrutura de drenagem construída há mais de 20 anos. Com a aceleração do processo de adensamento, que ampliou a impermeabilização, aumentou a velocidade do escoamento da enxurrada num nível acima da capacidade de captação das bocas de lobo.
A Sisep continuará fazendo o trabalho de limpeza das bocas de lobo e e estudará alternativas para melhorar esta estrutura de drenagem”.
*Matéria atualizada às 18h20