Um ano após mandar pacientes para outros estados, MS tem apenas 8 internados com covid

Apesar do equilíbrio no sistema de saúde, secretário lembra que pandemia não acabou

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Pacientes eram transferidos em UTIs aéreas. (Foto: SES MS)

No dia 2 de junho de 2021, Mato Grosso do Sul transferia a primeira paciente com covid-19 para um hospital em Rondônia. Em meio a cenário de calamidade sem precedentes, o Estado se via com sistema de internações colapsado e já não conseguia mais receber doentes. 

Um ano e quatro meses depois, com mais de 88% da população imunizada com pelo menos uma dose da vacina, dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) apontam realidade que nem de longe se parece com o que já se viu por aqui. Conforme boletim epidemiológico, nesta quarta-feira (5), apenas 8 pacientes estão hospitalizados no Estado, cinco deles em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). 

“As pessoas estão se vacinando e isso trouxe uma melhora significativa. Já não temos mais leitos de covid, apenas isolamento nas UTIs”, avalia o secretário estadual de saúde, Flávio Brito.

No entanto, o secretário alerta que, mesmo em meio a contexto favorável, é preciso estar em alerta com a doença. “A pandemia não acabou e é um grande erro pensar assim. Ainda temos pessoas hospitalizadas e morrendo, a maioria quem não se vacinou. Por isso, segue nosso apoio para que a população se vacine porque foi a vacinação que melhorou o cenário da pandemia e distensionou o sistema de saúde”, completa. 

Ao todo, Mato Grosso do Sul soma 10.837 mortes e 581.344 contaminações pela covid-19 desde o início da pandemia. Na última semana, o Estado registrou a menor média móvel de mortes desde a semana de 8 de junho de 2020, com exceção no período entre 16 e 22 de dezembro de 2021.

Sistema em colapso

Com falta de leitos e até utilização de vagas improvisadas em unidades de saúde, Mato Grosso do Sul enfrentou caos no sistema de saúde em 2021. No dia 2 de junho, moradora de Bonito foi a primeira a sair do Estado em uma UTI aérea rumo à Rondônia. Na mesma semana, sete pacientes de Dourados, um de Itaquiraí e outros cinco de diferentes cidades foram levados para Porto Velo e para o interior de São Paulo. 

Ao todo, 37 pacientes foram transferidos para outros estados por falta de leitos de UTI, do total, 17 não resistiram e morreram durante o tratamento.

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