O surto de em Campo Grande fez aumentar a disputa da população em busca do medicamento Tamiflu, que já não é mais encontrado nas farmácias. O fosfato de oseltamivir é o principal tratamento para a , que já teve 328 casos confirmados nos últimos 12 dias.

Prescrito para pacientes que apresentam Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, muita gente usa o medicamento como ‘prevenção' e o aumento da procura deixou as farmácias sem novas remessas.

A automedicação com o Tamiflu é perigosa. Segundo a infectologista Mara Souza Figueira, o remédio requer indicação médica porque pode interagir negativamente em pacientes que têm alguns problemas de saúde, mas não sabem.

“O Tamiflu é um antiviral muito usado nos tratamentos da influenza, mas ele causa efeitos colaterais. É preciso muito cuidado e acompanhamento de um médico já que ele pode causar enjoos, vômitos. Também é perigoso para quem tem problemas nos rins e fígado. É um dos medicamentos indicados a pessoas com risco de agravamento no tratamento”, disse.

Em falta

Jornal Midiamax entrou em contato com várias farmácias de Campo Grande, mas o Tamiflu não foi encontrado em nenhuma delas. O preço do medicamento é diferente entre um estabelecimento e outro e varia de R$ 200 a R$ 305.

Algumas farmácias informaram que há dias já estão sem o Tamiflu e destacaram que ainda não existe previsão do medicamento chegar aos estabelecimentos.

“Está em falta na distribuidora, só consegue encontrar na rede pública. Tem muita gente procurando ao mesmo tempo, as farmácias não estão conseguindo atender todas as pessoas que querem o Tamiflu. O valor dele já é alto e acredito que quando voltar a ter nas farmácias o preço vai subir ainda mais, já que a procura tem sido muito grande”, disse um atendente de farmácia.

Em nota, nesta sexta-feira (7), a SES (Secretaria de Estado de Saúde), informou que o Tamiflu é repassado pelo Ministério da Saúde aos Estados. Dessa forma, possui estoque do medicamento e repassa aos municípios de acordo com a demanda necessária. Em nota, a SES destacou que recomenda o uso do medicamento apenas em conformidade com os critérios do Protocolo de Tratamento de Influenza do Ministério da Saúde e mediante prescrição médica, e condenou o uso indiscriminado.