Após pressão de alunos e professores do curso de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os sites usados dentro das disciplinas voltaram ao ar, nesta quinta-feira (1º), durante reunião do Coun (Conselho Universitário).

O curso estava há dois meses sem acesso aos portais, que são usados como instrumento de ensino, trazendo prejuízo para as aulas.  Os estudantes afirmam que a retirada do ar dos quatro sites foi feita sem aviso prévio em julho.

Estavam offline a página institucional do curso, o site ‘Primeira Notícia’, usada na disciplina de ciberjornalismo, o ‘Projétil’, jornal laboratório do curso, e também a plataforma de Fotojornalismo. A situação gerou a criação a campanha “#CensuraNaUFMS”, já que os alunos apontam que a medida é uma censura ao curso.

As plataformas foram suspensas temporariamente devido à Lei Federal 9.504, de 30 de setembro de 1997, e alunos apontam que medida é uma censura ao curso. Uma IN (Instrução Normativa Conjunta) foi publicada pela instituição no último dia 29 de agosto.

O documento dispõe sobre as providências a serem adotadas para utilização dos canais digitais durante o período eleitoral. Durante reunião do Coun, nesta manhã, a pauta foi levantada e levada a discussão.

Apesar da volta dos sites, a IN (indicada também como instrumento de censura) foi votada pelo conselho e não foi revogada. O documento não permite, entre outros itens, menção ao governo Federal ou de nomes de candidatos, nos domínios virtuais da UFMS.

Protesto na UFMS

Na quarta-feira (31), estudantes, professores e aliados fizeram um protesto em frente a reitoria, com cartazes e palavras de ordem. O ato aconteceu contra o sucateamento do curso, que além dos problemas citados, está sem técnicos.

Os cartazes usados no protesto foram colados no corredor central da universidade, mas retirados em seguida, segundo aluna do curso.

MPMS

Após reunião no dia 24, o curso de Jornalismo até encaminhou denúncia ao MPMS (Ministério Público) para que os sites usados nas disciplinas voltassem à rede.

Conforme o coordenador do curso de Jornalismo, Felipe Quintino, ao final da reunião foi deliberado que o assunto seria levado até o Ministério Público, para que uma liminar possa colocar no ar os sites novamente. E, neste mês, uma nova reunião aconteceria para tratar do assunto.