Mais uma campo-grandense viu o valor da sua saltar desproporcionalmente e sem explicação lógica, de R$ 235,00 em dezembro de 2021, para R$ 2.087,43 em março deste ano. Na central da , ela foi informada que uma equipe realizará uma vistoria em até 30 dias, mas que a cobrança estava certa, e que a fatura seria cobrada normalmente, de algo que provavelmente não usou.

O relato é da professora Kelli Cristini Mehret, 35 anos. “Veio mais alto em Janeiro, R$ 444,00, mas eu estava de férias e achei que era normal. Agora em março veio mais de R$ 2 mil, sendo que eu não fico em casa durante o dia”, disse ela.

A professora foi procurar uma solução com a empresa, mas de nada adiantou. “Por telefone a atendente foi grossa, falou que é esse o gasto mesmo e que eu teria que arcar. No presencial, me falaram que eu estou com problemas na minha rede elétrica. Entrei com uma solicitação para verificar o relógio, mas segundo eles não teve erro de leitura”, explicou.

Ela afirma que a alegação da empresa não condiz com a realidade. “O eletricista verificou e falou que os erros da minha fiação aumentariam o valor, mas jamais chegaria a isso. E pela leitura atual, a próxima virá o dobro”, detalhou.

Inconformada, ela foi procurar outros meios, pois não tem como pagar o valor exorbitante. “Fui no Procon, para pelo menos bloquear essa conta. Para que dê tempo deles aferirem o relógio, eles deram um prazo de 30 dias par vir”, disse ela.

Por fim, ficou o sentimento de indignação e frustração. “Eu não estou usando, estou trabalhando o dia inteiro. A Energisa não facilita a vida do brasileiro e o atendimento é horrível. Me sinto totalmente lesada, pago todo mês certinho, mas se você atrasar eles protestam o seu nome em cartório ou cortam a luz. Ficamos à mercê de uma empresa que monopoliza o serviço de energia no Estado”, finalizou.

A concessionária emitiu uma nota sobre o caso:

A Energisa esclarece que a colaboradora da empresa seguiu todos os procedimentos adequados no atendimento realizado em 16 de março. Nesta segunda-feira (21/03) foram realizados testes preliminares que confirmaram que o medidor está dentro dos parâmetros normais, e mesmo assim, o equipamento foi lacrado e encaminhado ao Inmetro para aferição técnica.

A Energisa explica que situações similares a essas são comuns em unidades consumidoras com instalações elétricas antigas ou fora do padrão. É importante que o cliente contrate também um profissional especializado para a revisão da instalação elétrica da residência.