Sem inseticida contra o Aedes, Coxim realiza ação de enfrentamento à dengue

Prefeitura de Coxim aponta que produto usado em nebulização está em falta diante da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia; apelo é para população ajudar

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Borrifação de veneno contra o Aedes aegypti em Coxim está suspensa. (Foto: PMC/Divulgação)
Borrifação de veneno contra o Aedes aegypti em Coxim está suspensa. (Foto: PMC/Divulgação)

A Prefeitura de Coxim –a 260 km de Campo Grande– realiza entre segunda-feira (21) e sexta (25) a 2.ª Ação Coxim contra a Dengue 2022. Além de permitir o descarte adequado de entulhos que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti, a ação visa a alertar sobre a falta de inseticida para exterminar o mosquito. O Aedes é o transmissor da dengue, zika e febre chikungunya.

O primeiro objetivo é conscientizar a população, a fim de evitar uma epidemia no município. A intenção é fazer a comunidade manter terrenos limpos e recolher lixos e materiais que acumulem água. A situação se agrava com a falta do inseticida fornecido para a Saúde Pública.

Nos dias 24 e 25 de novembro, equipes da Secretaria Municipal de Saúde e parceiros estarão nos bairros Senhor Divino e Vila Bela. O mutirão recolherá recipientes que acumulem água (de potes e garrafas até eletrodomésticos e caixas d’água). O serviço não coletará galhos e madeiras.

Inseticida contra o Aedes está em falta

Em 7 de novembro, a Saúde de Coxim alertou que o uso do inseticida imidacloprido + plaretina (o Cielo), usado no combate ao Aedes aegypti, está restrito pelo baixo estoque.

Oficio do Ministério da Saúde informou que a distribuição do inseticida se deu entre janeiro e março. Porém, a falta de insumos e matérias-primas diante do cenário mundial –restrito, primeiramente, pela pandemia de Covid, e depois pela guerra na Ucrânia e pelo fechamento de portos na Ásia, grande produtor mundial do insumo– prejudicou a reposição.

Assim, a distribuição do inseticida ficou comprometida. A expectativa é de que a primeira parcela do novo estoque do produto ocorra em 90 dias.

“Portanto, a Secretaria Municipal de Saúde explica que o uso do inseticida por meio de bombas costais ou por veículo preparado para tal está suspenso”, informou a Saúde de Coxim no início do mês.

“A Coordenadoria de Controle de Vetores do município está adotando novas estratégias para que não haja proliferação da doença, e para isso, solicita a ajuda da população com medidas que já é de conhecimento de todos, como a remoção de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti”, prosseguiu a nota.

Assim, a prefeitura aponta o extermínio de focos domiciliares do Aedes como ação a ser realizada pela população.

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