Saúde diz que 60% das novas mortes por covid em Mato Grosso do Sul são casos ‘represados’

No boletim desta semana, foram 28 novos óbitos e 4,5 mil casos confirmados de Covid em Mato Grosso do Sul

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Pandemia da Covid fez mais de 10 mil vítimas em MS

Os números divulgados semanalmente pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) sobre a Covid-19 em Mato Grosso do Sul vem acendendo alerta nas últimas três semanas. No boletim desta semana, divulgado ontem (14), os números revelaram cenário ainda mais preocupante: 4,5 mil casos e 28 mortes em 7 dias. No entanto, o Governo ressalta que o número de mortes não representa necessariamente a realidade recente.

Habitualmente, os números de óbitos que constam nos boletins semanais trazem casos das últimas semanas, mas no boletim desta semana, há casos registrados em outros meses do ano.

Dos 28 novos óbitos que constam no levantamento desta semana, apenas 11 ocorreram no mês de junho. Os outros 17 casos de pacientes que morreram em decorrência do coronavírus foram registrados em outros meses do ano, como fevereiro, março, abril e maio.

A explicação, segundo a SES, é que instabilidade no sistema de informação oficial do Ministério da Saúde, o SIVEP Gripe, causou represamento das notificações e deixou muitos casos ‘acumulados’ nas secretarias municipais de saúde. As notificações só ocorreram após estabilização do sistema, o que gerou o aumento expressivo de mortes no boletim.

Dos 28 novos óbitos, apenas quatro são de pacientes que não tiveram comorbidades relatadas. A maioria também é de idosos. O paciente mais novo que morreu vítima da Covid-19 é uma criança de 9 anos que vivia em Coxim. Segundo o boletim, a menina tinha doença neurológica e era imunossuprimida.

4,5 mil novos casos de Covid em 7 dias

Embora o número de mortes não reflita necessariamente o cenário atual, a quantidade de novos casos sim. Com 4,5 mil novos casos positivos em uma semana, Mato Grosso do Sul enfrenta o pior avanço da doença nos últimos dois meses.

Segundo o boletim epidemiológico desta semana, são 584,3 casos em média a cada sete dias em MS. Há menos de um mês, em 17 de maio, a média de sete dias apontava 187,7 casos.

MS somava até ontem (14) 542.248 casos de Covid. Dos mais de 4 mil casos registrados na última semana, 1.260 foram registrados em Campo Grande, 259 em Dourados, 247 em Três Lagoas e 242 em Ponta Porã.

Também estão entre as cidades que mais tiveram casos novos: Coxim (148), Eldorado (142), Cassilândia (136), Nova Andradina (110), Chapadão do Sul (103) e Ivinhema (92).

Com as 28 novas mortes por Covid, MS soma 10.603 óbitos causados pela doença. Segundo o boletim da SES, 10 vítimas desta semana eram de Campo Grande.

Hospitalização de pacientes covid cai em MS

Desde o início da vacinação com reforços contra a Covid, o número de casos que precisam de hospitalização caiu. Atualmente, 5.065 pessoas positivas para Covid estão em isolamento domiciliar e 526.544 já estão recuperadas da doença.

Conforme o boletim, existem 36 casos hospitalizados em MS. Sendo que 23 estão em leitos clínicos e 13 estão em leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A ocupação dos leitos UTI do SUS (Sistema Único de Saúde) para adultos está baixa nas macrorregiões de MS. São 2% de ocupação por casos de Covid na macrorregião de Campo Grande, 3% na de Dourados, 2% em Três Lagoas e 6% na macrorregião de Corumbá.

Máscaras não devem voltar a ser obrigatórias

No início do mês, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que o Estado não deve determinar volta do uso obrigatório de máscaras. O governador afirmou que o Prosseguir está fazendo um estudo para avaliar recomendação de medidas de segurança.

“Acredito que o Prosseguir não vai impor a volta do uso obrigatório de máscara, mas não descartamos a possibilidade de uma recomendação que oriente a volta da máscara em locais fechados com grande circulação de pessoas”, disse o governador.

Em entrevista ao Jornal Midiamax no início de junho, o secretário estadual de Saúde, Flavio Britto, informou que a volta de máscaras era estudada pelo Prosseguir.

Após o aumento de casos no final de maio, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande informou que não há deliberação para o retorno do uso das máscaras em locais abertos na Capital.

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