A Escola Estadual Hércules Maymone, em Campo Grande, está servindo recebendo 816 candidatos que participam do processo seletivo para recenseadores para o Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) deste ano.

Uma das candidatas é a autônoma Cristina Vilela, que está passando pelo processo seletivo para aprender. “Só tinha uma noção do que é um recenseador, das perguntas que fazem, mas não sabia como fazer. Estou aqui não só pelo salário, mas para mudar de vida”, disse ela ao Jornal Midiamax.

O período de aprendizado terá carga horária de oito horas e durará cinco dias, se encerrando na sexta-feira (22), quando haverá uma prova que vai ‘filtrar’ ainda mais os candidatos. Ao todo, em Mato Grosso do Sul são 2.524 pessoas fazendo o curso.

Também autônoma, Luana Riquelme, já tentou participar do processo seletivo outras vezes. “Estou tendo uma noção de que perguntas fazer para as pessoas, calcular DMC. Das outras vezes que participei não cheguei nessa fase”, contou à reportagem.

Curso do recenseadores (Foto: Stephanie Dias/Jornal Midiamax)

Nesta terça-feira (19), os ‘alunos’ estão aprendendo a manusear o equipamento do IBGE, o conceito da pesquisa e as regras para o Censo deste ano, segundo a coordenadora de área, Sílvia Assad. As perguntas feitas pelos técnicos são sobre trabalho, rendimentos, saúde – como autismo e deficiências -, fecundidade e mortalidade, entre outros.

Conteúdo programático

Durante o período de capacitação, os futuros recenseadores reforçam o aprendizado sobre os diversos temas relacionados ao Censo e ao IBGE, por exemplo:

  • O que é um setor censitário e como fazer o percurso e a cobertura;
  • Cadastro de endereços e captura de coordenadas;
  • Questionários básico e da amostra, e seus respectivos quesitos;
  • Ética e integridade no recenseamento;
  • Condutas de abordagem do recenseador;
  • Atividades práticas e simulações no DMC (dispositivo móvel de coleta).

Para melhor aprendizado, os recenseadores contarão com uma variedade de materiais elaborados pela Coordenação Operacional de Censos (COC). Além dos manuais e mapas impressos, também há produtos nos formatos digitais: manuais, slides, protocolos, dentre outros recursos instrucionais.

Contarão ainda com aplicativos diversos, como o aplicativo de treinamento no qual realizam atividades práticas no DMC e a avaliação de aprendizagem e de reação ao final do treinamento.

Há também o próprio aplicativo de coleta (com insumos de treinamento), que simula exatamente como é o trabalho do recenseador em campo, e o aplicativo de aulas, utilizado pelos instrutores para passar os conteúdos, contendo todos os slides e vídeos do treinamento que são repassados de forma padronizada em todas as salas de aula.

Recenseadores vão estar com coletes (Foto: Stephanie Dias/Jornal Midiamax)

Segurança e identificação dos recenseadores

Conforme Assad, entre as condutas dos recenseadores está o local onde é feita a entrevista. “O recenseador é orientado a realizar a entrevista de preferência no portão, a gente não solicita a via de regra de entrar nos domicílios, a não ser que o morador nos convide”, explicou a coordenadora.

“É por questões de segurança, até para o nosso recenseador, a gente orienta a fazer a entrevista na porta, tanto para segurança do morador quanto dos nossos recenseadores também”, complementou.

Para identificar o trabalhador do Censo, o morador pode acessar o site respondendo.ibge.gov.br e tirar as dúvidas. “Nossos recenseadores vão sempre estar uniformizados, com crachá, colete, boné e vão estar portando equipamento, o dispositivo móvel de coleta”, explicou Assad.