Professores aguardam posição da Prefeitura sobre reunião na sexta, dia de início da greve

Professores pedem reajuste de salários de 10,39%, conforme previsto em lei de março deste ano

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Professores fazem paralisação na quarta-feira (26). (Foto: Divulgação/PMCG)

Os professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande aguardam o posicionamento da Prefeitura sobre a reunião programada para o primeiro dia de greve, na próxima sexta-feira (2). 

“Nós enviamos um ofício à Prefeitura pedindo uma reunião às 09h e esperamos uma resposta se a Prefeita irá nos receber”, afirmou na manhã de hoje o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucilio Nobre.

Na tarde da última terça-feira (29), os docentes da rede municipal decidiram entrar em greve a partir de sexta-feira após recusarem a proposta da Prefeitura sobre o reajuste de salários. 

Os profissionais exigem o cumprimento da Lei 6.796/2022 que prevê o reajuste escalonado de salário de 64% até 2024 para o piso de 20 horas, após acordo da categoria com a Prefeitura em março deste ano, ainda na gestão do ex-prefeito Marcos Trad (PSD). 

Segundo o texto, o reajuste seria da seguinte maneira: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.

Ao invés dos 10,39% previstos, a Prefeitura propôs reajuste de 4,98% e auxílio-alimentação de R$ 400 para 40h, a partir de dezembro. O órgão afirma falta de orçamento para pagar o aumento de salários dos professores. Em assembleia geral de ontem, os professores recusaram a oferta. 

No dia 25 deste mês, os docentes aprovaram o indicativo da greve a partir de 1º de dezembro, mas devido à exigência de comunicado com 72 horas de antecedência, a greve só deve começar na sexta-feira. Na ocasião, Lucilio relembrou que a categoria negocia o aumento do piso de 20 horas desde 2014.

Calendário de Ações

De acordo com a ACP, a greve dos professores de Campo Grande está marcada para acontecer entre 2 e 9 de dezembro, mas há possibilidade de ser estendida caso seja aprovada a prorrogação em assembleia geral no dia 9. 

Na assembleia foi aprovado um calendário de ações. Confira abaixo:

2 de dezembro: concentração na ACP às 7h30 para uma passeata e panfletagem no centro e pátio da prefeitura.

5 de dezembro: panfletagem no centro e encerramento no pátio da Prefeitura.

6 de dezembro: ato na Câmara.

7 de dezembro:  acampamento em frente à prefeitura.

8 de dezembro: ação em rotatórias.

9 de dezembro: nova assembleia na ACP para avaliar o andamento da greve.

O que diz a Prefeitura?

O Midiamax entrou em contato com a Prefeitura para perguntar se pretende realizar uma nova rodada de negociação com os professores. Confira abaixo a nota na íntegra: 

A mesma lei que dá o aumento à categoria, impede que ele seja concedido neste momento. A Prefeitura, nos últimos meses, vem promovendo ajustes e mudanças na gestão para se adequar à lei e poder atender o pleito justo dos professores.

A proposta apresentada nesta terça-feira, 29, é uma alternativa que leva em conta as demandas dos professores e as condições legais para que elas possam ser devidamente cumpridas.

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