Em reunião na manhã desta quinta-feira (15) com os professores, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriotas) propôs pagar o piso da categoria, que exige reajuste salarial de 10,39%. Porém, o valor deve ser parcelado em três vezes, chegando a total apenas em dezembro de 2023.

De acordo com o ofício assinado pela prefeita, o reajuste seria de 3,42% em janeiro de 2023, mais 3,48% em maio e outros 3,48% em dezembro do ano que vem. Os percentuais devem incidir diretamente no salário bruto dos servidores da ativa.

Essa é a primeira vez desde o início das manifestações em que a prefeita chega ao valor total do reajuste. O piso salarial para 20 horas está previsto na Lei 6.796/2022 e o cumprimento escalonado havia sido proposto pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD).

“O parcelamento proposto pela prefeita vai demorar mais um ano para ser concluído e deixa de fora os aposentados. Então, nós vamos avaliar em assembleia, vamos ouvir os professores, para dizer se aceitamos ou não a decisão”, disse o novo presidente do sindicato, Gilvano Bronzoni.

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Prefeita Adriane Lopes e presidente da ACP/MS, Gilvano Bronzoni

Categoria vai analisar proposta feita pela prefeitura

Os professores se reúnem às 14h desta quinta-feira (15), em assembleia, para votar a proposta recebida. Na sexta-feira (16), terão nova reunião com a prefeita Adriane Lopes, marcada para as 9h30.

Na oportunidade, os professores devem apresentar uma contraproposta e o resultado da assembleia de hoje. “Ela deu os prazos dela, mas isso não significa que a categoria vai aceitar. Assim como, quando ela propôs inicialmente R$ 400 de vale-alimentação, a categoria também não aceitou e nós dialogamos até aqui”, disse o presidente da ACP.

Desde 25 de novembro, os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) se mobilizam pelo reajuste de salários. Nesse período, foram seis dias de greve, além de paralisações. Um dia de aula já foi reposto, mas ainda não há um calendário oficial de reposição.

Proposta considera lei de responsabilidade fiscal

A prefeita Adriane Lopes defendeu que a proposta feita aos professores, está dentro dos percentuais exigidos pela categoria, mas também atende a lei de responsabilidade fiscal do município.

“A mesma lei que dá um aumento, ela tem uma cláusula que pede que esse aumento seja concedido enquanto o município estiver no limite prudencial”, disse.