Pouco se fala em dengue, mas doença atingiu mais de 11 mil pessoas em 2021 em MS

Campo Grande somou 417 casos e três mortes no ano passado, segundo a Sesau

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Aedes aegypti
Aedes aegypti

Desde o início da pandemia da Covid-19, pouco se fala sobre a dengue e o zika vírus, doença cujo vírus causou a microcefalia em diversos bebês. Entretanto, o seu transmissor — Aedes aegypti — continua ativo em Campo Grande com 417 casos de dengue em 2021 e mais de 11 mil em todo o Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) da Capital, foram registradas 5.133 notificações de dengue em 2021, 417 casos confirmados e 3 mortos. No âmbito do zika vírus, foram 21 notificações e 6 casos confirmados, não houve registro de morte.

Até o dia 22 de janeiro deste ano, foram contabilizadas 162 notificações de dengue e nenhum registro envolvendo o zika vírus.

A secretaria informou que o combate ao Aedes aegypti é a melhor forma de evitar todas as arboviroses que possam ser transmitidas pelo mosquito. As ações de combate ao inseto acontecem rotineiramente, com visitações em imóveis, orientação à população, mutirões, entre outras medidas que podem ser tomadas de acordo com a realidade de cada região do município.

Ainda segundo o órgão, o tratamento de crianças com microcefalia em decorrência do zika vírus acontece da mesma forma que o acompanhamento das demais crianças com a mesma condição devido a outras circunstâncias.

Panorama Estadual

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou os casos ‘prováveis’ das duas doenças em todo o Estado — casos prováveis englobam os casos ainda em investigação, que não foram finalizados no sistema ou que já foram confirmados.

Ao todo, foram contabilizados 11.126 casos prováveis de dengue em 2021, e 14 óbitos registrados. A dimensão das transmissões do zika vírus é menor, com 52 casos prováveis em 2021, e nenhum óbito registrado.

Conforme os boletins epidemiológicos da última quarta-feira (2), o número de casos prováveis de dengue em 2022, até o dia 29 de janeiro, foi de 742 casos em todo o Mato Grosso do Sul e nenhum óbito até o momento. No mesmo período, o número de contaminações por zika vírus soma 14 casos no Estado e nenhum óbito até o momento.

Combate pelo MS

A SES informou que presta apoio diário a todos os municípios, na vigilância epidemiológica dos casos de dengue, nas investigações dos óbitos, liberações de insumos, controle de vetores e assistência. A secretaria também proporciona capacitações frequentes para as equipes, fornece carros, bomba costal e inseticida.

Larvas do Aedes aegypti (Foto: Divulgação / Governo do Estado de Mato Grosso do Sul)

 

A Coordenadoria de Controle de Vetores possui 46 máquinas de UBV (Ultra Baixo Volume) acopladas em veículos fumacê, para a realização de bloqueio químico nos 79 municípios, que são acionadas em conformidade com o Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), conforme a necessidade que é acompanhada diariamente pela gerência técnica.

Também foram distribuídas 200 máquinas costais elétricas para todos os municípios, com objetivo de realizar o bloqueio químico diário. A secretaria também distribuiu EPIs (Equipamento de proteção individual) completos, além de materiais de uso diário e materiais de mídia para a realização da educação em saúde para todos os agentes do Estado.

A SES realiza toda a assessoria técnica e logística, lembrando também que as visitas domiciliares estão sendo realizadas diariamente nos 79 municípios.

Onde procurar ajuda?

O Mato Grosso do Sul possui quatro Centros de Reabilitação (Campo Grande, São Gabriel, Corumbá e Três Lagoas) que prestam atendimentos clínicos multiprofissionais aos pacientes com deficiência. O Estado também atua por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência orienta, capacita e financia demais entidades que prestam atendimentos em reabilitação à pessoa com deficiência.

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