Pular para o conteúdo
Cotidiano

Otan vê sinais de que Rússia prepara um ‘ataque total’ à Ucrânia

A Otan informou que estava transferindo seu pessoal de Kiev para Lviv,
Arquivo -
Reuters
Reuters

“Todos os sinais indicam que a Rússia está planejando um ataque total à Ucrânia”, afirmou neste sábado, 19, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em entrevista à televisão alemã ARD. “Todos concordamos que o risco de um ataque é muito alto”, acrescentou Stoltenberg, que participou da Conferência de Segurança de Munique ao lado de outras autoridades ocidentais.

Ele não deu detalhes nem provas de que a ameaça seja concreta. Há três semanas e países aliados do Ocidente afirmam que uma invasão da Rússia à Ucrânia é “iminente”.

A Otan informou que estava transferindo seu pessoal de Kiev para Lviv, no oeste da Ucrânia, ou para Bruxelas, onde está sediada, como medida de “segurança”. Vários países ocidentais já fizeram o mesmo, transferindo seus diplomatas de Kiev para Lviv, perto da fronteira polonesa.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira que estava “convencido” de que a Rússia invadiria a Ucrânia.

A Ucrânia não é membro da Otan e a Aliança não possui tropas naquele país, mas, desde o final da década de 1990, mantém dois escritórios na capital: um escritório de ligação e um centro de informação e documentação.

A função do escritório de ligação é manter o diálogo entre a Otan e o governo ucraniano, ao mesmo tempo em que promove a transformação democrática do setor de defesa e segurança da Ucrânia.

A do centro de informação e documentação é informar o público ucraniano sobre a Otan e apoiar as instituições ucranianas em suas comunicações.

Stoltenberg assegurou nas últimas semanas que a aliança não enviará nenhuma força à Ucrânia para defendê-la de qualquer agressão russa. Mas os membros da Otan enviaram forças militares para países vizinhos que são membros da Aliança.

Além disso, Stoltenberg disse que os países membros reagiriam fortemente a qualquer ofensiva russa nesses territórios, sob o princípio da defesa coletiva.

Presidente da Ucrânia critica Ocidente

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, exigiu neste sábado um calendário “claro e factível” para a adesão de seu país à Otan, em meio ao temor de uma invasão russa. Em discurso na conferência de segurança de Munique, ele afirmou que a Ucrânia é um escudo da Europa contra o Exército russo e os membros da aliança militar precisam ser honestos sobre se querem mesmo adesão da Ucrânia.

“Agradecemos qualquer ajuda, mas todos devem entender que não são contribuições de caridade que a Ucrânia pede. É sua contribuição para a segurança da Europa e do mundo, onde a Ucrânia tem sido o escudo por oito anos”, acrescentou, referindo-se à eclosão do conflito com os separatistas pró-russos no leste do país e a anexação da Península da Crimeia pela Rússia em 2014.

Desafiando o Ocidente a explicar por que não fez mais nos últimos oito anos para proteger a Ucrânia, não apenas agora que o país estava sob ameaça de invasão pela Rússia, ele pediu para que fosse convocada uma reunião de potências globais e dadas novas garantias de segurança.

Ele usou boa parte de seu discurso para questionar o Ocidente sobre o que havia acontecido com sua promessa de adesão à Otan e perguntou qual mensagem que tinha agora para os dois soldados mortos na linha de frente, neste sábado.

O presidente instou as potências ocidentais a abandonarem a estratégia de “apaziguamento” com a Rússia. “A Ucrânia recebeu garantias de segurança quando abandonou o terceiro nuclear do mundo. Não temos armas. Não temos segurança. Mas temos o direito, o direito de exigir que a política de apaziguamento seja alterada para uma que garanta segurança e paz”, declarou Zelensky.

Zelenski afirmou não saber o que Vladimir Putin queria ao descolar 190 mil soldados para a fronteira de seu país e, por isso, propôs ter uma reunião, dizendo que estava disposto a discutir com o líder russo os acordos de Minsk, que estabeleceram um cessar-fogo para o último conflito.

A Rússia anexou a Península da Crimeia da Ucrânia em 2014 e fomentou uma rebelião no leste do país, onde separatistas pró-Moscou combatem as forças ucranianas há quase oito anos. Os Estados Unidos e a União Europeia já haviam imposto sanções à Rússia por sua apreensão da Crimeia. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Brasil goleia Uruguai por 5 a 1 e garante vaga na final da Copa América e Olimpíadas 2028

Grêmio vence o Fortaleza com 2 gols e reage no Brasileirão

Tsunami atinge Rússia após terremoto e alertas chegam ao Japão, EUA, Chile e Equador

MC Livinho sofre acidente de moto, perfura pulmão e é internado em UTI em São Paulo

Notícias mais lidas agora

Amante diz que jogou corpo de mulher em vala em Terenos após entrar em surto

VÍDEO: Comitiva brasileira entrega cartas mostrando o que os EUA perdem com tarifaço de Trump

Em abril, membros do MPMS comemoram escolha de Alexandre Magno (esq.) para indicação ao CNMP, que já tem de MS o procurador Paulo Passos (centro) (Acervo público da Assecom/MPMS)

CNMP valida desculpas para nota zero de transparência no MPMS, alerta especialista

Botafogo abre vantagem sobre o Red Bull Bragantino com vitória de 2 a 0

Últimas Notícias

Política

Pressão dos EUA sobre petróleo russo domina agenda com senadores brasileiros

Do MS, Nelsinho Trad e Tereza Cristina destacam engajamento bipartidário e avanço técnico nas negociações em Washington

Polícia

Atentado a tiros na fronteira tinha brasileiro como alvo

Pistoleiros se passaram por agentes da polícia paraguaia

Polícia

‘Ele é quem sofria agressões’: mulher é indiciada por falsa denúncia de violência doméstica

Relacionamento teria terminado porque mulher traía companheiro na casa da família, quando ele e a filha do casal estavam ausentes

Cotidiano

Mega-Sena acumula e duas apostas de MS levam R$ 67 mil da quina

Prêmio estimado para próximo sorteio é de R$ 76 mil