A ONG Ecoa, de Mato Grosso do Sul, emitiu uma nota nesta segunda-feira (28), dizendo que enviou um documento oficial ao Grupo de Transição do Governo Lula na área ambiental, pedindo atenção para os incêndios no Pantanal.
No documento, a Ecoa relembra os incêndios florestais de 2020 e destaca que atualmente, há possibilidade de repetição dos incêndios já que a planície se encontra muito seca mesmo agora, considerado “tempo das águas”.
Para se preparar e evitar novos incêndios, a Ecoa recomenda que o governo tome as seguintes medidas, quando assumir:
- Identificação dos recursos previstos para o combate a incêndios em 2023;
- Identificação se atual governo elaborou um Plano de combate a incêndios específico para o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia.
- Debater e elaborar um novo Plano Emergencial a ter seu início implementado logo após a posse.
- Inclusão da sociedade civil para contribuir no processo.
Pantanal tem redução de 81% nos focos de incêndios em 2022
O número de focos de incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul em 2022 soma 1.024. O número é 81,8% menor que o registrado até 3 de novembro do ano passado. Na área de Cerrado do Estado são 868 focos este ano contra 2.889 de 2021, redução de 78,9% Os dados são do monitoramento de incêndios florestais do Estado.
Ainda que com focos e área queimada bem abaixo do registrado em 2021, os municípios de Corumbá, Porto Murtinho e Aquidauana concentram 95% dos focos de incêndios de todo o Pantanal, segundo o INPE. O Corpo de Bombeiros afirma que atua na região desde maio deste ano, com efetivo empregado que soma 934 militares no combate aos incêndios.
Em 2022 o Corpo de Bombeiros atendeu 4.041 ocorrências de incêndios florestais até o momento, número 38% menor que as 6.528 ocorrências atendidas no ano passado em Mato Grosso do Sul.