Enquanto no centro os bares lotam de torcedores uniformizados para ver aos jogos do Brasil na Copa em telões ou TVs de última geração, na periferia de Campo Grande o cenário é outro. No Noroeste, um dos bairros mais pobres da Capital, moradores improvisam a TV e a decoração.

Por lá nem todos se empolgam com a Copa do Mundo, mas quem assiste está otimista com o hexa em 2022. É o caso do Adilson Salazar Benites, 52, que trabalha como pedreiro e nesta segunda-feira assistiu ao jogo com outras cinco pessoas, na TV que é de um dos filhos.

Ele está otimista com o time do Brasil e chutou que o jogo contra a Coreia terminaria em 6 a zero. Próximo dali, Marivalva Rodrigues, 67, viu o jogo junto com os netos pequenos. Ela olhava a bola rolar enquanto ouvia seus louvores em um celular encostado ao rosto.

Já os netos, não tiravam os olhos da TV, instalada na varanda da casa, enquanto ostentavam felizes suas figurinhas da Copa. Os dois adoram o Neymar, mas estão contentes com as figurinhas de Richarlison e Casemiro.

Pipoca para acompanhar

Sem muita produção para os jogos, a pipoca é o acompanhamento dos moradores do bairro Noroeste. A dona de casa, Claudenir da Silva, 46, também assistiu ao jogo na varanda, junto com o filho e a nora. “A pipoquinha acompanha”, diz.

Já o pedreiro José Valdmir de Souza, 45, mora sozinho e é torcedor de carteirinha. Confiante no hexa do Brasil, ele assiste aos jogos em um monitor improvisado e ostenta feliz as camisas de time que tem. “O hexa está fácil esse ano”.