O amor está no ar neste domingo (12), data dos casais, quando é comemorado o Dia dos Namorados. Declaração, publicações e atos que buscam provar todo o carinho e paixão que um indivíduo possui pelo outro. Obsessão que, muitas vezes, sobrepõe a simplicidade manifestada e sustentadora das verdadeiras relações.

São em pequenos gestos e casos comuns que as verdadeiras histórias de amor são construídas na sociedade. A história de Bruno e Andrea é mais uma que pode ser simples aos olhares de terceiros, mas cativante o bastante para nos convencer de que o amor existe.

Os dois atuam como agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Fardados, com coletes e expressão séria, os olhares, quando se encontram, entregam a admiração e carinho mútuos sentidos pelo casal. Foi assim que o Jornal Midiamax resolveu contar, neste Dia dos Namorados, a história simples e natural deste casal, que dentro de sua rotina, conseguiu encontrar o amor.

Bruno Alex Terêncio de Oliveira, de 36 anos, ingressou no curso de formação da Guarda Civil Metropolitana em 2009, na mesma turma de Andrea Midoguti, de 43 anos. Na época, ambos eram casados e a interação entre eles não passava de rápidos cumprimentos, assim como ocorria com outros colegas.

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Bruno e Andrea contam da importância de trabalharem na mesmo corporação para que a relação tivesse êxito (Foto: Leonardo de França/Midiamax)

Três anos depois, quisera o destino aproximar os colegas de trabalho novamente. Em um novo curso e solteiros, os dois voltaram a dividir o mesmo espaço na corporação em 2012, ano em que a história desse casal se inicia de fato.

“Comecei a gostar primeiro, mas quem teve a iniciativa foi ele”, brincou Andrea. Após alguns minutos, é revelado que um “amigo cupido” foi ponto-chave para que a iniciativa fosse tomada e o casal unido.

“Sempre fui muito profissional. No curso de formação ela era minha amiga e colega de serviço. Depois do curso, uma colega falou sobre ela, que eu era a única pessoa que ela tinha interesse”, explicou Bruno. Logo após ser informado dos interesses da colega, os dois se encontraram em uma festa, conversaram e iniciaram aquilo que se tornaria uma duradora relação.

A relação cresceu naturalmente. Os dois explicam que poucos meses após o início, foi a vez de conhecer os familiares. No ano seguinte, em 2013 dividiram o mesmo teto, depois foi a vez de se tornaram uma família com a chegada do primeiro filho dos dois, que hoje possui 8 anos. A oficialização em cartório ocorreu apenas em 2018, “mas já era casamento”, brincaram.

Ao relembrar todos esses anos, o casal comenta a surpresa dos conhecidos ao descobrirem sobre a relação. Os dois admitem possuírem personalidades opostas e jamais imaginaram que pudessem construir uma história de amor e passar dez ‘Dia dos Namorados’ juntos.

“A Andrea é divertida, sociável, conversa mais. Eu já sou mais fechado, não sou muito de conversar”, analisou Bruno. Para eles, atuarem na mesma corporação foi a chave para a manutenção da relação, pois eram os únicos capazes de entender e aceitar a rotina conflitante.

“Acredito que o fato de termos a mesma profissão gera maior compreensão com o outro. Se fosse uma pessoa de fora, talvez não conseguisse entender a situação. No começo do namoro foram diversos momentos em que não conseguíamos nos ver porque o Bruno estava de plantão aí depois era eu, fora os serviços extras como Carnaval, festa de Santo Antônio e outros”, explicou Andrea. “Em momentos de diversão, nós estávamos trabalhando”, comentou.

“Além disso, precisamos nos privar de certos locais nessa profissão. Quando saímos, seguimos alguns procedimentos, se a pessoa não tem esse entendimento, talvez, não daria certo. Acho que alguém de fora não entenderia toda essa precaução”, disse Bruno.